Franca atiradora é a condição da Austrália na participação da Copa das Confederações 2017. No território russo, os australianos entram no Grupo B, formado pela atual campeã mundial Alemanha, pelos campeões africanos de Camarões e pelos campeões da Copa América, o Chile. Disputando as Eliminatórias para Copa do Mundo com os asiáticos, a Austrália está classificada à competição das Confederações exatamente por ter sido a campeã da Copa da Ásia em 2015. O país da Oceania foi o anfitrião do torneio e sagrou-se vencedor sobre a Coreia do Sul na grande final com o placar de 2 a 1.

A provável escalação australiana tem os seguintes jogadores: Ryan; Smith, Wright, Sainsbury e Degenek; Jedinak e Milligan; Leckie, Mooy e Irvine; Juric.

Ryan é goleiro do Genk, da Bélgica e é um dos candidatos à titularidade na equipe para disputa da Copa das Confederações. Pela direita, Brad Smith foi defensor do Liverpool e passou a última temporada com o Bournemouth, também da Inglaterra. Outro defensor no futebol inglês, Bailey Wright atua no Velho Continente há anos. Foi transferido do Preston North para o Bristol City. Seu companheiro de zaga, Trent Sainsbury teve acréscimo na carreira ao atuar pela Internazionale de Milão, mesmo com a rival do Milan em má fase. Com atuação pela Alemanha no Stuttgart e no Munique 1860, Milos Degenek atualmente defende o Yokohama Marinos do Japão.

Experientes, os volantes Mile Jedinak e Mark Milligan estão na casa dos 30 anos. Jedinak está no futebol inglês, onde defende o Aston Villa, enquanto Milligan roda pelo futebol asiático. O meia Aaron Mooy saiu da Austrália para atuar pelo Huddersfield da Inglaterra. Compõem o meio com ele Jackson Irvine, destaque pela Escócia e o ofensivo Mathew Leckie, com boas temporadas no ataque do FSV Frankfurt. Aos 26 anos, possui mais de 200 jogos na carreira por clubes e mais de 40 gols marcados. Com a seleção, boa participação nas Eliminatórias para cavar espaço. Ao todo, jogou 39 partidas pela Austrália e balançou as redes cinco vezes. Outro nome que pode pintar pelo meio de campo é o de James Troisi, autor de um dos gols na final diante da Coreia do Sul. O canhoto tem 28 anos e seguidas convocações pela seleção. Complementa os postulantes Tom Rogic, atleta de boa aparição com a camisa do Celtic da Escócia.

Para fechar o ataque do time, o jogador Tomi Juric, de 25 anos. Ele passou pelo Roda da Holanda e tem contrato com o Luzern da Suíça. O experiente e histórico Tim Cahill de 37 anos é uma sombra para compor o ataque. Maior artilheiro da história do selecionado nacional, ele tem 48 gols em 96 jogos pelos australianos.

Destaque: Tim Cahill

Foto: Jeff Gross/Getty Images

O destaque não poderia ser outro: Tim Cahill. Mesmo com a idade avançada e a grande possibilidade de não iniciar os jogos como titular, Cahill tem seu nome gravado na história do selecionado por ser o maior artilheiro. No final de carreira, busca sacramentar seus números e, quem sabe, auxiliar a seleção em mais essa disputa internacional. Se o jogo estiver ruim para os australianos, Tim Cahill vai estar disposto a entrar e lutar pela marcação de gols.

Fique de olho: Mathew Leckie

Foto: Getty Images

Aos 26 anos, o meia-atacante Leckie é um jogador de mercado no futebol europeu. Passou pelo Borussia Mönchengladbach antes de seguir para Frankfurt. Ainda na Alemanha, figura na equipe do Ingolstadt como titular na presente temporada que se encerra. Leckie possui recurso de dribles, velocidade e frieza diante do goleiro para marcar gols. Promete investidas preferencialmente pela meia-direita nas jogadas pelo time australiano. Olho nele!

Técnico: Angelos Postecoglou

O técnico grego possui 51 anos. Aportou para treinar a Seleção Australiana em outubro de 2013 e não saiu mais. São boas campanhas e números para fazer frente contra qualquer uma nas disputas na Ásia, novidade dos últimos anos para os australianos. Os novos enfrentamentos encorparam o nível de dificuldade a que está submetida a seleção e os resultados são satisfatórios para mantê-lo no cargo à beira do campo. Antes de chegar à seleção, Postecoglou treinava equipes do país da Oceania, tendo passado pelo Queensland Roar e pelo Melbourne Victory. Foi campeão nacional por duas temporadas pelo Queensland.

Na seleção, além da classificação ao Mundial, sua campanha de destaque é na conquista da Copa da Ásia 2015. Comandou os australianos para o título inédito em competição disputada em estádios da própria ilha. É um técnico que demonstra variação de esquemas táticos propostos. Suas preferências nos últimos jogos foram uma espécie de 3-4-3. Sem medo de utilizar três defensores mais fixos, Postecoglou compacta o meio campo com quatro atletas e busca amplitude na distribuição do ataque. Porém, também pode utilizar esquemas mais tradicionais com uma última linha em quatro atletas, deslocando Smith ou até Sainsbury para compor as laterais do sistema defensivo. Um esquema de 4-2-3-1 como o ilustrado acima demonstra a preferência por Juric ou Cahill na condição de pivô, recebendo o auxílio dos meias que vêm de trás.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.