Parece que crimes de fraude fiscal viraram "moda" na Espanha. Nesta terça-feira (20), o técnico José Mourinho, do Manchester United, foi denunciado pelo ministério público da Espanha por crime de fraude fiscal, mesma situação do seu compatriota Cristiano Ronaldo. O fisco do país apresentou uma queixa acusando o treinador de ter desviado cerca de 3,3 milhões de euros, algo em torno de R$ 12 milhões.

Esse caso veio à tona pelo fato de que o técnico não teria declarado o montante entre os anos de 2011 e 2012, quando ainda era comandante do Real Madrid, segundo o jornal "El País". Segundo os promotores espanhóis, Mourinho aproveitou da oportunidade visando fazer lucros fisicamente opacos de seus direitos de imagem.

Para entender melhor o caso: em 2010, o português acertou com o clube merengue, onde passou a morar em Madri. O problema foi que, nos dois anos seguintes, Mourinho não apresentou registro de receitas provenientes de seus direitos de imagem, o que, segundo o fisco espanhol, foi um crime, pois ele teria agido com única intenção de "obter um benefício ilícito".

Ainda segundo a publicação do "El País", o português foi avisado em 2014 sobre as investigações em seu nome, e um ano depois, o próprio treinador reconheceu a ausência de declarações e acatou uma multa de 1,14 milhões de euros. O grande problema é que o ministério público espanhol descobriu uma "sociedade estruturada" e quer que ele pague o valor desviado naquele período.

Como deu para perceber, o caso de Mourinho é bem parecido com o de Cristiano Ronaldo, já que o fisco espanhol acusa o treinador de usar sua sociedade corporativa com o objetivo de se beneficiar e camuflar as receitas em direitos de imagem, o que é um crime em território espanhol. A Procuradoria segue fazendo uma certa "limpa" em casos deste tipo.