Neste domingo (2), Chile e Alemanha se enfrentam na final da Copa das Confederações, às 15h, na Arena Zenit, em São Petersburgo. O duelo coloca frente a frente duas equipes que já se enfrentaram na primeira fase e empataram em 1 a 1.

Para chegar à final, o Chile despachou a seleção de Portugal nos pênaltis, com o goleiro Bravo brilhando e defendendo três penalidades. Já a seleção alemã goleou o México por 4 a 1 e chega com a melhor campanha na competição.

Se por um lado, a geração chilena é considerada a melhor do país depois dos títulos na Copa América, os jogadores alemães querem o título para tentar garantir uma vaga nos convocados para a Copa do Mundo de 2018, de novo na Rússia.

Alemanha “alternativa” mostra sua força

Desde o começo da competição, a seleção alemã deixou claro que usaria a Copa das Confederações como um laboratório para a Copa do Mundo, que acontece no ano que vem.

E apesar das críticas que recebeu antes da competição, Joachim Löw provou a força do elenco e chega de forma invicta e com a melhor campanha para a final, com direito a goleada “sonora” sobre o México na semifinal.

“Vi essas críticas, não foram uma surpresa. As decisões são vistas de maneiras diferentes. O time não é tão experiente quanto poderia. Realmente acredito que superamos as expectativas aqui. O que acontecerá no próximo ano é outra coisa. Os jogadores se beneficiaram muito de estar aqui e evoluíram demais. Essa era a minha prioridade. Eu, como técnico, alcancei esse objetivo 100%, de dar experiência a eles. Isso os ajudará no futuro”, disse o treinador.

Depois de ver o Chile eliminar Portugal nos pênaltis, o técnico foi perguntado se ele estaria com medo de enfrentar os atuais campeões sul-americanos nas disputas de grandes penalidades.

“Claro que não tenho medo de pênaltis. Por que teria? O Chile tem ótimos jogadores nesse quesito, e o Claudio Bravo defendeu três cobranças e é muito bom. Mas é claro que vamos tentar evitar isso e decidir a partida antes”, afirmou Löw.

Na primeira fase, as duas equipes empataram em 1 a 1. O técnico Joachim Löw não gostou do resultado e afirmou que a seleção alemã poderia ter ido melhor naquela ocasião.

“No primeiro jogo os primeiros 15 minutos foram fora do normal. Não conseguimos controlar o Chile, eles foram muito fortes. Depois conseguimos nos reorganizar e equilibrar as ações. No segundo tempo houve mais espaços. Fomos bem em 80 minutos e não demos mais tantas chances ao Chile. Eles são excelentes, flexíveis. Temos que controlar nossa própria partida”, definiu o treinador.

Chile quer título para coroar essa geração

Depois da conquista da Copa América por duas vezes, o Chile quer vencer mais uma competição. A caminhada até a final da Copa das Confederações foi difícil, eliminando os campeões europeus nas semifinais apenas nos pênaltis.

Diferente da Alemanha – rival na grande final – o Chile venceu apenas uma partida e empatou outras três.

No final da partida contra os portugueses, Sánchez e Díaz afirmaram que a seleção chilena é a melhor seleção do mundo no momento. E um dos principais nomes do grupo, Vidal, concordou com a afirmação dos amigos e disse que o Chile é visto como uma seleção no topo do futebol mundial. Para o jogador que atua no futebol alemão, existem diversos motivos, um deles são os resultados diante das seleções de alto nível, como Argentina e Portugal.

“Compartilho do que disseram, não falamos da boca para fora. Demonstramos quando ganhamos os dois campeonatos (Copa América). Amanhã poderemos ganhar da que considero a melhor seleção do mundo. Se ganharmos, seremos o melhor time do mundo. Pois aqui estão os campeões de todo o mundo” disse o camisa 8.

Já o treinador Juan Antonio Pizzi, preferiu ser mais cauteloso e não endossou o coro de Vidal, e não rotulou a equipe  e deixou claro que a equipe ainda pode evoluir.

“O que tratamos de fazer é ir melhorando dia a dia, nos superarmos, exigir. Tratar de ser melhores que nós mesmos. As competições marcam, o melhor ganha. Temos uma seleção que pode competir com qualquer rival. Isso não é algo que nos ilude. Temos que nos superar”, afirmou o comandante chileno.