O Getafe está de volta à elite do futebol espanhol após passar um ano na segunda divisão e conquistar a última vaga do acesso, depois de ficar na terceira colocação na temporada regular e vencer Huesca e Tenerife nos playoffs. Na temporada 2017/18, a missão do Azulão é clara: evitar a gangorra e permanecer na vitrine dos principais times da Espanha. No especial abaixo, confira como a equipe se prepara para a temporada de retorno aos principais jogos da Liga hispânica.

Preocupante pré-temporada

O tempo de preparação do Getafe para a temporada vindoura foi curto em relação aos outros concorrentes. O time encerrou a disputa da Liga Adelante no fim de junho, enquanto praticamente todos os times estavam em recesso, exceto disputa de Copas Nacionais. Por isso, o time realizou apenas dois amistosos de pré-temporada contra equipes domésticas de divisões inferiores e os resultados não foram animadores. Primeiro um empate em casa diante do Alcoyano, da quarta divisão, em 1 a 1. Semanas depois, foi derrotado pelo Alcorcón, da segunda divisão, por 2 a 1. O time ainda tem mais dois amistosos a serem disputados, contra Atlético de Madrid e Albacete.

Transferências

Como acontece em toda a equipe que é promovida de divisão, muita mudança acontece em seu elenco pelo aumento do grau de competitividade do certame, pelos adversários mais fortes e pela missão de conseguir mais um ano entre os melhores do país. Na equipe madrilena não foi diferente. Muitas modificações no plantel com o objetivo de dar mais experiência ao time. Jogadores experientes ou de clubes com tradição na Espanha e em outros países da Europa foram contratados, e muitos outros atletas foram devolvidos aos times detentores de seus direitos federativos.

Deixaram o Azulão o goleiro Alberto García, o defensor Carlos Peña, os meio-campistas David Fuster, Facundo Castillón, Paul Anton e Faurlín; além dos atacantes Stefan Scepovic e Emi Buendía. Em contrapartida, foram contratados os arqueiros Manojlovic e Emi Martínez; os defensores Feltscher, Van der Bergh, Bruno González, Vitorino Antunes, Djené e Velázquez; os meio-campistas Yoda, Portillo, Álvaro Jiménez, Dani Pacheco, Shibasaki, Bergara e Arambarri e os atacantes Chuli, Ángel, Fayçal Fajr e Ndiaye.

Manutenção da comissão técnica

Juan Eduardo Esnáider durou apenas oito rodadas na segunda divisão espanhola à frente do Getafe. Inconformado com o começo oscilante do time azul, a direção optou pela saída do técnico e a contratação de José Bordalás. A agremiação mudou as características e começou a ascensão na tabela de classificação. O resultado foi benéfico, uma vez que a equipe atingiu a meta principal de conseguir o acesso.

Pepe Bordalás tem 53 anos de idade e começou a carreira de treinador no Alicante, em 1993. Comandou times de divisões inferiores no cenário nacional. Alicante, Hércules, Elche e Alcorcón foram as equipes mais tradicionais por onde passou até 2015, quando dirigiu o Alavés e depois o Getafe. Até o momento, foram 33 jogos oficiais à frente do clube, com 19 vitórias, 12 empates e oito derrotas.

Penúria para manutenção na elite

Não vai ser fácil para o Getafe o Campeonato Espanhol 2017/18. Apesar de tradição recente na elite do país, o fato de ter subido traz um impacto grande no andamento do clube, nos resultados e na atuação do time durante a temporada. Depois de ser uma das equipes com melhor aproveitamento, a equipe vai encarar uma nova realidade e o panorama vai ser evitar o rebaixamento. Com o primeiro e principal passo dado, o time pode buscar uma distância maior em relação à degola.

O time pode se espelhar no exemplo de Alavés e Eibar, que, mesmo com orçamentos baixos em relação aos concorrentes, conseguiram ficar na parte de cima da tabela com boas estatísticas, ou pode lembrar do Osasuna, que retornou para a primeira divisão, mas mostrou enorme fragilidade e não saiu da degola. O andamento do Getafe na Liga vai definir o futuro do clube na temporada que está próxima de iniciar.