Conhecido por ser o maior e mais organizado campeonato do mundo, a Uefa Champions League contabilizou mais um episódio negativo nessa terça-feira (26). No empate entre Spartak Moscou e Liverpool em 1 a 1, pelo Grupo E, o senegalês Sadio Mané, jogador do clube inglês, sofreu injúrias raciais por alguma parte dos torcedores no Spartak Stadium, que faziam som imitando um macaco toda vez que o atacante tocava na bola.

O jogador, que inclusive teve um gol anulado por estar em posição irregular, chegou a pedir para os torcedores pararem quando a bola parou de rolar em algum momento, fazendo um sinal de “calma” com as mãos. Apoiado por Philippe Coutinho, que também solicitou aos fãs que interrompessem com os cânticos racistas.

Anfitriã da próxima Copa do Mundo, a Rússia é um país famoso pelos episódios de racismo envolvendo jogadores e torcedores nas arquibancadas. O fato mais negativo é que não acontece com apenas jogadores que atuam fora do país – visto que Hulk, à época um dos principais jogadores do Zenit, também sofreu com isso quando defendia as cores do clube de São Petersburgo.

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Dessa maneira, muitos jogadores, principalmente de países africanos, já chegaram a cogitar boicotar – falando que não viajariam à Rússia – a Copa de 2018 por conta desses episódios racistas. A Uefa ainda não se pronunciou sobre uma possível punição ao Spartak Moscou pelo episódio envolvendo Sadio Mané.

As duas equipes estão com dois pontos – com os Reds tendo vantagem pelo número de gols marcados – após empatarem seus dois primeiros jogos na competição. No próximo mês, o Spartak enfrentará o líder Sevilla, em Moscou, e o Liverpool viajará à Eslovênia para enfrentar o lanterna Maribor.