Em jogo válido pela sétima rodada do campeonato espanhol, o Atlético de Madrid visitou o Estadio Municipal de Butarque em partida contra o Leganés, que terminou em empate por 0 a 0. Vindo de derrota por 2 a 1 em casa contra o Chelsea, pela fase de grupos da Champions League, o Atlético parou no bloqueio pepinero e contou com defesas fundamentais de Jan Oblak para somar seu terceiro empate na La Liga enquanto o Leganés — que agora possui 11 pontos com apenas cinco gols na temporada — empatou pela segunda vez, mas não depecionou na atuação. 

Na próxima rodada, o Leganés visita o La Rosaleda para enfrentar o Málaga fora de casa, enquanto os colchoneros recebem o Barcelona em casa, no Wanda Metropolitano

Foto: Getty Images
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Disciplinado e desimpedido, anfitrião barra visitante pouco inspirado 

Apesar dos comandados de Diego Simeone terem começado a partida pressionando e buscando uma vantagem logo cedo, criando chances nos primeiros minutos, o Leganés rapidamente reagiu. Notáveis pela disciplina e rigor defensivo, os donos da casa mostraram que não só seria difícil para o Atlético furar seu bloqueio, mas que também estavam dispostos a se aventurar pelo ataque em busca de um resultado favorável. 

Sem se deixar intimidar, os pepineros permitiam que os visitantes tivessem posse de bola atrás e no meio, mas travavam sem muitas dificuldades qualquer ímpeto que ameaçava se transformar em finalização ao gol — principalmente no centro, por onde o Atlético procurava chegar. Por outro lado, apostavam principalmente em jogadas com velocidade e na organização tática para avançar seu setor ofensivo e levar sua dose de perigo adiante. 

No minuto 22, o Leganés quase abriu o placar em jogada rápida pelo lado esquerdo, defendida por Oblak e assustando os anfitriões — até então, pouco inspirados — com sua chance mais clara do jogo.  

A resposta dos colchoneros chegou aos 33 minutos, quando Saúl Ñíguez finalizou uma inversão de jogada pelo lado esquerdo, buscando surpreender a defesa anfitriã após jogada mais centralizada do Atlético. O foguete parou nas mãos de Cuéllar, e o jogo permaneceu empatado sem gols com a a chegada do intervalo. 

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Leganés soube defender, mas também atacar

No segundo tempo, o ímpeto do Leganés foi ainda maior. Logo aos 52, pararam novamente em defesa de Oblak, que impediu chance clara de gol para os anfitriões. Os comandados de Asier Garitano voltaram a assustar o goleiro esloveno aos 59, com uma jogada de enorme aplicação coletiva que começou na defesa e foi trabalhada até o gol adversário. Diante da superioridade dos pepineros, Simeone fez três mudanças quase consecutivas — aos 54, 62 e 66 minutos — buscando aplicar uma injeção de ânimo em sua equipe com a chegada de Carrasco, Torres e Vrsaljko, e tentando inverter a maré à seu favor.  

Apesar do segundo tempo ter sido o ponto forte do Atlético durante a maior parte da temporada — tendo jogado melhor e marcado 10 de seus 12 gols na segunda etapa —, os colchoneros sofreram para sequer criar oportunidades de gol nos 45 minutos finais contra o Leganés.

Sem encontrar caminhos para penetrar a defesa adversária e tentando amenizar os constantes avanços dos donos da casa, o Atlético produziu pouco além de uma chance de Diego Godín, de cabeça, aos 71 minutos, que parou no goleiro Cuéllar. Com o passar dos minutos, a inabilidade de se impor no jogo ficava clara no abatimento do time, cujo ritmo diminuia gradualmente. 

O Leganés, apesar de não conseguir balançar as redes, coroou uma atuação aplicada com as várias ocasiões de gol defendidas por Oblak e a habilidade de equiparar e até superar o ritmo do Atlético de Madrid. Ao final dos 90 minutos, no segundo confronto entre os dois times pela primeira divisão disputado no Butaque, prevaleceu o empate sem gols.