Apesar da campanha desastrosa no Campeonato Francês na reta inicial da temporada, o Rennes acumulou sua segunda vitória seguida somando todas competições como parâmetro, diante do Dijon, nesta quarta-feira (25), pela terceira fase da Copa da Liga Francesa.

Alternando as bases táticas convencionais do conjunto bretão, o veterano Christian Gourcuff implantou em teste uma formação em 3-3-3-1 no SRFC, conseguindo outro placar positivo depois de estar perto de deixar o clube nas últimas semanas. Com gols de Khazri e Hunou, além do desconto adversário através de um tento anotado pelo talentoso Frédéric Sammaritano, o Rennes triunfou e avançou para o próximo escalão da competição mata-mata.

Chegando no tradicional clube da região da Bretanha na última janela de transferências do verão europeu, o meia-atacante Khazri prestou outro gol ao Rennes em seu retorno à França após permanecer temporadas estagnado no futebol inglês, concretizando 3 gols e 2 assistências depois de poucos meses na nova equipe.

Na etapa final, com linhas altas e tremenda agressividade para recuperar a posse e percorrer menos metros para atacar o adversário, o prata da casa Adrien Hunou virou a partida para o Stade Rennais, com um tento guardado nos minutos derradeiros do duelo realizado na casa do Dijon. Com isto, os rubro-negros confirmaram classificação à fase seguinte da Copa da Liga Francesa, a segunda competição eliminatória mais relevante em âmbito nacional, esperando o sorteio da federação para definir seu próximo rival em busca ao título.

Na partida seguinte, no próximo sábado (28), o SRFC receberá o Montpellier no Roazhon Park, buscando reabilitação para voltar a competir dentro dos seus objetivos de alcançar vaga em torneio continental. Por outro lado, o Dijon também jogará em seus domínios, porém contra um dos melhores times da Ligue 1 até o momento, o Nantes de Cláudio Ranieri, no mesmo sábado, às 16h.

Ademais, o modesto clube que teve eliminação dramática nesta tarde, está próximo das posições mais baixas do Campeonato Francês, lutando contra o descenso, com 9 pontos, na 17° posição. Já o Rennes, está em situação complicada, mas com perspectivas de crescimento no decorrer da temporada, permanecendo na 15° colocação, com a mesma pontuação do rival retratado.

Começando a partida de forma avassaladora, o Dijon argumentava com apoio dos laterais a cada ida ao campo rival e utilizava das reações entre as linhas adversárias de Balmont e Abeid como epicentro de sua criação. Desta maneira, surgiu o primeiro tento, no estilo mais característico da equipe nos últimos anos: em triangulação dinâmica na beirada direita, Chafik cruzou rasteiro para Sammaritano, que não hesitou e finalizou forte sem chances para o goleiro do Rennes.

Em contrapartida, os visitantes não eram agudos e sentiam a ausência de alguém mais driblador para quebrar o posicionamento médio e compacto do Dijon, persistindo neste cenário na grande parte da primeira etapa, com poucas variáveis. Sem grandes oportunidades, o período inicial para ambas equipes foi marcado por pragmatismo e ideias futebolísticas limitadas. Sobretudo, como é corriqueiro na França, o individualismo favoreceu quem têm os melhores jogadores. Dito isto, Khazri igualou o placar para os bretões quase no apagar das luzes do primeiro tempo, em gol praticamente solo.

Sem ir mais longe, o segundo tempo também não conteve chances demasiadas de tento. Sobretudo, pela forma passiva como ambos lados se postavam na hora de produzir futebol, sendo induzidos a igualdade pela precaução para atacar por se tratar de um confronto único em mata-mata, onde a concentração tende a ser maior.

Uma das grandes atuações da partida, ficou por conta do ponta Brandon Thomas, que recebendo oportunidades esporádicas de jogo desde sua chegada ao SRFC, representou um elemento mais profundo para agredir o adversário em jogadas pessoais. Ademais, o panorama relatado permaneceu idêntico ao apresentado na etapa inicial, com o confronto sendo decidido em bola parada: após escanteio no costado esquerdo, Brandon desviou e encontrou Hunou na segunda trave para colocar os visitantes na frente e consequentemente na fase seguinte da competição.