Em jogo pouco emocionante e marcado pela falta de competitividade dos visitantes, o Lyon concretizou o terceiro triunfo seguido dentro da Ligue 1, neste domingo (29), frente ao frágil Metz, em duelo realizado no Groupama Stadium. Apesar de viver sua primeira grande fase na temporada, os Gones passaram longe de convencer na partida de hoje, apresentando pragmatismo após estabelecer vantagem diante de uma equipe inferior tecnicamente.

Deste modo, o conjunto comandado pelo inexperiente Bruno Génésio anotou seus gols através da participação ativa do meia-atacante Nabil Fekir, que marcou ambos tentos do time de forma similar: recebendo a pelota em terço final para, a partir da construção elaborada gerada no costado esquerdo, apenas finalizar com poucos toques contra a meta contrária. 

Com o resultado positivo confirmando a breve ascensão do clube na competição, o heptacampeão francês segue competindo por vaga em torneio continental, permanecendo na terceira colocação, com 22 pontos em 11 jogos disputados, estando distante do líder Paris Saint-Germain, porém consolidado no pódio da Ligue 1.

Neste sentido, um ponto peculiar aparece como solução para o OL: a utilização de atletas formados em casa. Fora os firmados Lopes e Fekir, nenhum outro nome lapidado na exitosa base do clube era titular - com, agora, o talentoso meio-campista Houssem Aouar despontando como exceção e assumindo certo protagonismo. Por outro lado, o modesto Metz está situado em um abismo futebolístico imensurável: lanterna da competição, somou apenas três pontos em 11 duelos realizados.

Na próxima jornada, ambos terão embates importantes: os lioneses visitam o grande rival Saint-Étienne em dérbi local no dia 5 do mês que vem, às 18h. No meio disto, o Lyon voltará suas atenções para um duelo crucial na Europa League, contra o Everton, na próxima quinta-feira (2), podendo carimbar seu passaporte para a fase superior do torneio. Em contrapartida, o Metz busca forças para se reabilitar na competição e receberá o Lille de Marcelo Bielsa no domingo seguinte (5), às 14h, em jogo que será disputado no Stade Saint-Symphorien. 

Lyon abre vantagem cedo e controla ações da primeira etapa

Iniciando o duelo com linhas avançadas e dinamismo para circular a bola, algo sintomático representou fluidez para os locais: as posições intermédias de Bertrand Traoré e Memphis Depay em campo, sempre oferecendo desmarques e opções de passe para quem tinha o esférico dominado.

Dito isto, a contribuição ativa dos laterais em diferentes funções táticas criou várias maneiras simples para o OL agredir o adversário - que jogava posicionado e com blocos baixos. Sobretudo, este repertório mais elaborado dos Gones passou diretamente por três nomes: Aouar associando, Marçal explorando espaços vazios e Fekir concluindo precisamente nos metros finais do terreno. Sendo assim, o primeiro tento da equipe aconteceu neste tipo de construção, com o lateral-esquerdo brasileiro assistindo Nabil para rematar contra o goleiro japonês Kawashima.

A partir disto, o rival não apresentou resistência e tampouco argumentos para competir diante a tanta agressividade dos donos da casa. Com isto, o Lyon chegou a alcançar picos de 70% de posse de bola nos vinte primeiros minutos do duelo, ditando todas ações neste período.

Mantendo bases táticas adaptativas e dependentes da postura adversária, o OL encontrou modos de efetivar mais peso de seu lado direito (Traoré e Tete) à proposta da equipe, com ambos somando muitíssimas projeções e fluxos ofensivos no costado em questão. Ademais, as chances eram criadas conforme a vontade do mandante em atacar o rival, já que em diversos momentos faltou contundência para o Lyon ampliar o marcador. No mais, chegaram ao segundo gol do mesmo modo associativo - desta vez, no flanco oposto - presente na abertura do placar: com Tousart, Tete e Traoré participando da elaboração que resultou no chute certeiro de Fekir dentro da área do Metz.

Administrando o resultado, os Gones saíram com a vitória

Desde o início da atual temporada, o Metz que trocou de treinador recentemente, não aparentava possuir um elenco do nível necessário para permanecer na elite francesa - sendo assim -, após este jogo paradigmático neste sentido, a luta do coletivo procedente do nordeste do hexagono, será de total foco contra o rebaixamento.

Mesmo contando com uma versão apática do Lyon na etapa complementar, os visitantes pouco foram capazes de oferecer perigos e facilitaram todo serviço dos locais. Variando entre 4-2-3-1 e 4-4-2 conforme a situação com e sem a bola, o OL resistiu posicionado enquanto o adversário tentou produzir ocasiões com critério - algo que ficou longe de realmente acontecer.

Contudo, a postura passiva dos mandantes no segundo tempo causou a insatisfação dos 56 mil torcedores presentes no famigerado Parc OL, culminando em maior intensidade do time nos instantes finais e entrega do Metz ao revés. No fim das contas, a sensação final foi de que, caso enfrentasse um rival minimamente mais qualificado e organizado, o Lyon poderia ter desperdiçado mais pontos pelo caminho.