Em duelo realizado em Paris, neste sábado (18), o PSG concluiu mais um triunfo na Ligue 1, diante do Nantes, em um jogo marcado pelas debilidades defensivas do tradicional adversário. Deste modo, os comandados do treinador espanhol Unai Emery, não precisaram de uma atuação devastadora para eliminar mais um rival dentro do Campeonato Francês.

No mais, os gols de Cavani (duas vezes), Di Maria e Pastore, trouxeram outra vitória para os parisienses, com o burquinense Préjuce Nakoulma descontando o marcador em prol dos Canários.

Sendo assim, o Paris-Saint Germain segue sua sequência invicta e mantém a liderança, somando 35 pontos em 13 jogos disputados, concretizando uma vantagem considerável de seis pontos para o vice-líder Monaco. Dito isto, é válido destacar o número de gols anotados pela equipe: em resumo, 43 gols marcados e 9 concedidos, se consolidando no posto de ataque mais produtivo dentre as grandes ligas europeias na atual temporada, por critérios estatísticos.

Em contrapartida, o conjunto gerido pelo italiano Cláudio Ranieri ainda está vivo na briga por vaga em competição continental, estando com 23 pontos - cinco a mais que o sexto colocado Saint-Étienne - na quinta posição. Neste contexto, o pragmatismo executado pelo Nantes deve seguir apresentando argumentos para competir dentro do Campeonato.

Na próxima partida em âmbito nacional, o PSG visitará o Monaco, em jogo importantíssimo para o desenvolvimento da temporada na França, no Stade Louis II, no domingo (26), às 18h no horário de Brasília. Já pela Uefa Champions League, os parisienses recebem o Celtic, no Parc des Princes, nessa quarta-feira (22), às 17h45. Por outro lado, o Nantes só volta em ação no fim de semana seguinte, diante do seu maior rival, o Rennes, no sábado (25), em jogo que será realizado no Stade de la Beaujoire, às 14h. 

Sem agressividade, PSG explorou erros defensivos do Nantes para abrir o placar

Se tratando de uma equipe reativa que precisa de espaços para produzir ocasiões de gol, o Nantes realizou uma estratégia específica para resistir posicionado em blocos defensivos de diversas alturas durante o período inicial. Deste modo, o 4-4-2 passivo dos visitantes até encontrou formas para acumular jogadores no seu próprio campo e impedir associações do PSG nas zonas ativas do terreno de jogo.

No entanto, as debilidades individuais das peças presentes no sistema defensivo dos Canários, causaram impactos negativos na proposta da equipe. Um exemplo claro disto foi o primeiro tento anotado pelo mandante, que através de uma recuperação de posse de Yuri Berchiche, no início da jogada, conseguiu conectar Cavani desmarcado na área adversária para inaugurar o marcador na capital francesa. Ademais, os únicos argumentos ofensivos dos visitantes para transitar em campo contrário após roubar a posse, eram resumidos pelos apoios em conduções dos laterais Dubois e Lucas Lima e pelas infiltrações do talentoso meio-campista Valentin Rongier quando achava hiatos para atacar e condicionar os companheiros.

Foto: Aurelien Meunier/Getty Images

Fora isto, o panorama do embate seguiu o mesmo com o transcorrer dos minutos em Paris: PSG com o domínio da bola e procurando criar oportunidades pelos flancos com as projeções de Daniel Alves e Yuri Berchiche oferecendo amplitude e direcionado os pontas para produzirem por dentro, enquanto o Nantes mantinha as linhas recuadas e pressão variável conforme o adversário avançava.

No mais, o protagonismo gerado por Di María a cada toque de desequilíbrio em combinações simples com o resto dos jogadores daquele setor, sempre rompendo linhas de marcação e atraindo defensores do rival, foi uma das principais armas do PSG na etapa inicial. Em um lance casual, o próprio Di María recebeu o esférico em um escanteio curto e cruzou sem intenções de fazer o tento diretamente, mas acidentalmente, a bola enganou toda defesa do Nantes e entrou sem desviar em ninguém, ampliando o placar.

Buscando reagir, Nantes apenas concedeu mais espaços para o PSG contra-atacar

Logo no começo do tempo complementar, a postura do Nantes foi totalmente mais agressiva e intensa em comparação ao que aconteceu nos primeiros minutos de jogo. De maneira simples, as movimentações do atacante argentino Emiliano Sala foram participativas - mesmo que negativas no aspecto de continuidade -, e ganharam mais coesão para aproveitar os espaços convidativos deixados pelo PSG nos costados. Outro ponto importante deste esboço de reação: maior atividade pelo centro do campo, conseguindo certa fluidez para colocar em condições vantajosas seus principais nomes ofensivos.

Entretanto, o aumento no desempenho só se transformou realmente em gol após a entrada de Nakoulma: em 54 segundos, o africano fez o tento mais rápido de um jogador na atual edição da Ligue 1, recebendo passe escorado de Léo Dubois para diminuir o placar.

Porém, o avanço de suas linhas, invariavelmente tornaria a tarefa de resistir mais complicada, já que os mandantes tinham mais espaços para transitar. Neste cenário, os dois últimos gols concedidos pelo Nantes ao PSG foram totais erros individuais de jogadores específicos no sistema defensivo.

O primeiro deles ocorreu através de um remate fraco de Javier Pastore em contra-ataque, onde o goleiro romeno Tatarusanu não encaixou a bola e permitiu que ela entrasse de forma bisonha na meta canarinha. Já o último que selou a vitória dos parisienses, foi uma falha coletiva, mas que teve contribuição especial do experiente zagueiro Nicolas Pallois, que deixou Cavani em condições de apenas tocar na bola para fazer o quarto. No fim das contas, as sensações transmitidas foram de que, mesmo competindo dignamente, não há time que consiga resistir por tanto tempo à força ofensiva do PSG.