Em duelo marcado pela agressividade ofensiva dos visitantes, o PSG somou outro triunfo dentro do Campeonato Francês, frente ao Rennes, neste sábado (16), em partida realizada no Roazhon Park. Com seu sistema coletivo funcionando com demasiada fluidez, os parisienses exploraram os erros defensivos do adversário para transformar mais uma goleada em âmbito nacional. A partir de gols anotados por Neymar (duas vezes), Cavani e Mbappé, e com o congolês Firmin Mubele descontando para o SRFC, o Paris segue absoluto na liderança da Ligue 1, estabelecendo novamente nove pontos de vantagem para o segundo colocado.

Com mais uma vitória conquistada, os comandados do treinador espanhol Unai Emery chegaram aos 47 pontos ganhos em 18 partidas disputadas, fechando o primeiro turno do Campeonato Francês no topo da tabela de classificação, com confortável superioridade perante aos demais concorrentes. Em direção de estatísticas, o clube da capital possui o ataque mais produtivo da liga: 55 gols marcados e apenas 14 concedidos. Em contramão, os bretões estacionaram na sexta posição, acumulando 25 pontos, estando dez atrás de Lyon e Marseille - que ocupam zonas que oferecem acesso à competições europeias. No geral, a campanha de recuperação que o Rennes estava realizando foi interrompida com o revés de hoje.

Em seu compromisso seguinte, o PSG receberá o Caen, no Parc des Princes, na próxima quarta-feira (20), às 17h50 (Brasília). Por outro lado, o Rennes jogará longe de seus domínios, também no meio da semana, em partida diante do Monaco, no Stade Louis II, no mesmo horário da partida do PSG. Na abertura do último turno do Campeonato Francês, todos os jogos serão realizados simultaneamente.

Com amplo domínio, PSG construiu vantagem confortável na primeira etapa

Em resumo, o primeiro tempo esteve diretamente relacionado a dois fatores: a adaptação tática específica realizada por Sabri Lamouchi e o controle de ritmo dos parisienses. Neste cenário, o SRFC estabeleceu seu epicentro estratégico em 4-1-4-1, com o veterano Romain Danzé ocupando a função de meio-campista único do sistema, em claras intenções de se situar posicionado à frente dos zagueiros e impedir movimentações fluídas dos principais jogadores criativos do adversário. Com isto, os blocos de pressão dos locais se caracterizaram como baixos, sempre girando suas linhas conforme a circulação da posse em campo próprio. Entretanto, o plano reativo dos bretões sucumbiu cedo, com a realização individual brutal de Mbappé para deixar Neymar debaixo da trave para marcar o primeiro tento do PSG.

Neste contexto, o principal motivo para tal adaptação defensiva pode ser explicado pelo ataque posicional devastador do rival, que sempre necessita da presença de Neymar entre as linhas adversárias. Sendo assim, o PSG conseguiu relacionar o ritmo mais adequado para a situação, com o peso ativo dos laterais para oferecer apoios interiores e contando com as acelerações de Mbappé e Draxler nos últimos trinta metros do terreno representando demasiados problemas para Hamari Traoré e Ramy Bensebaini. Outro aspecto que impediu a reação do SRFC foi a passividade da equipe para somar recuperações de bola em sentido de conectar transições, com os avançados Amalfitano e Mubele sendo os únicos jogadores capazes de argumentar em campo aberto. 

Mesmo aumentando o número de contra-ataques concluídos com sucesso a partir dos 35 minutos da partida, o individualismo de Neymar voltou a estabelecer problemas para a defesa do Rennes. Desta vez, o brasileiro eliminou marcadores por conta própria e assistiu Mbappé, em jogada parecida com o primeiro gol, só que em flanco oposto.

Somando mais transições, o Rennes buscou reagir, mas acabou castigado 

No início da etapa complementar, o cenário do jogo se manteve o mesmo: PSG dominando a posse e alterando ritmos conforme os metros avançados e Rennes com linhas recuadas buscando somar transições objetivas a partir da solidez defensiva. No entanto, algo que aproximou os mandantes de uma reação esteve ligado a pressão na fase defensiva, já que com blocos médios e contando com mais agressividade, o SRFC acumulou saídas em contra-ataques com fluidez e passou a gerar perigo para o adversário. Dito isto, o meio-campista Benjamin Bourigeaud cobrou escanteio na cabeça de Amalfitano, que finalizou sem sucesso, mas contou com a sorte de a pelota sobrar com Mubele após bater na trave, que diminuiu o marcador em prol dos locais.

Em sequência ao tento transformado por Mubele, Lamouchi substituiu o africano e ingressou Wahbi Khazri ao terreno, juntamente com a entrada de Adrien Hunou na vaga de Romain Danzé - que estava sofrendo com as conduções dos pontas do PSG em sua zona. Sendo assim, o Rennes estabeleceu o 4-4-2 para obter mais comodidade em sua estratégia, tentando transitar e empatar a partida explorando as debilidades do adversário em recomposição defensiva. A partir disto, os minutos seguintes foram totalmente positivos para o SRFC, se baseando no jogo costal do tunisiano Khazri e agredindo através das rupturas de Bourigeaud e Traoré. Porém, para a infelicidade do clube, o capitão Benjamin André cometeu falta temerária em Presnel Kimpembe em uma saída de bola parisiense e acabou sendo expulso. Neste momento até o final do jogo, o controle do PSG foi amplo e incontestável.

Aos 75 minutos, Neymar assistiu Cavani com um belíssimo passe em sentido vertical, o uruguaio contou com o posicionamento precipitado do goleiro tcheco Tomás Koubek e rematou por cobertura, anotando um verdadeiro golaço para o PSG. Na sequência, o quarto e último tento ainda aconteceu, com o próprio Neymar finalizando um jogada iniciada por ele e terminando uma verdadeira exibição no Roazhon Park - no geral, participou de todos os gols, transformando dois deles e distribuindo dois passes diretos. Já na reta final da partida, o jovem zagueiro Presnel Kimpembe ainda foi expulso, cometendo pênalti e deixando sua equipe com um a menos. Para a sorte do garoto que já defende a seleção principal da França, Khazri, que havia ingressado à campo minutos antes, desperdiçou a cobrança e deu números finais ao duelo.