Vice-campeãs nas duas últimas edições da Copa América Feminina (2010, 2014), a Seleção Colombiana de Futebol busca, em 2018, o inédito título continental. Las cafeteras vêm mais fortes do que nunca e prometem fazer bonito mais uma vez na competição mais importante da Conmebol.

Desde 2010, quando conseguiram pela primeira vez se classificarem para uma Copa do Mundo, as colombianas tomaram gosto pelos torneios internacionais e continuaram em evolução gradativa. De lá para cá, participaram de todas as competições da FIFA, acumulando resultados expressivos.

A Criação da Liga Feminina

Visando o desenvolvimento do futebol feminino na Colômbia e principalmente o interesse em sediar a Copa do Mundo de 2023 (uma das exigências da FIFA é que o país sede tenha uma liga profissional), o ano de 2017 foi marcado pela criação da primeira liga colombiana feminina profissional da história.

Foto: Raul Arboleda/Getty Images

Contando com 18 equipes, incluindo clubes de expressão como América de Cali e Santa Fé, o campeonato resgatou jogadoras importantes do país e trouxe estrangeiras da América Latina, que abrilhantaram ainda mais os gramados locais. Muitas vezes sendo partidas preliminares do torneio masculino, o certame caiu nas graças da torcida.

O peso do público teve uma força tremenda no crescimento e divulgação das mídias regionais. Na final, vencida pelo Independiente Santa Fé sobre o Atlético Huila, o Estádio El Campín, em Bogotá, recebeu mais de 33.000 pessoas, que fizeram um barulho ensurdecedor. Recorde de público nas Américas e quarto maior no mundo no ano de 2017.

No presente ano (2018), o número de participantes aumentou para 23 e conta com times como Atlético NacionalDeportes Tolima e Junior Barranquilla. O investimento cresceu, as condições de salário permitiram trazer ainda mais estrangeiras e o campeonato colombiano virou referência no continente.

Esperanças reais de título

Aos moldes de sua evolução, a seleção feminina colombiana vem acumulando resultados expressivos na modalidade. Classificada para as Copas do Mundo de 2011 e 2015 (de forma invicta), protagonizou, no Canadá, uma das maiores zebras da história das copas ao vencer a seleção francesa pelo placar de 2 a 0.

Mesmo que o Brasil seja o grande favorito da Copa América, as colombianas vêm logo em seguida no páreo. Com um plantel mais experiente, estão animadas a surpreender o mundo outra vez, fazendo duelos de igual para igual com as grandes seleções. Hoje na 24ª posição no ranking da FIFA, elas seguem subindo e o investimento também nas categorias de base vem surtindo efeito.

 Catalina Usme é uma das armas da seleção (Foto: Chris Brunskill/Getty Images)

O técnico Nélson Abadía deve apostar sua base no 4-2-3-1 com Sandra Sepúlveda; Carolina Arias, Ángela Clavijo, Isabella Echeverri, Oriánica Velásquez; Jessica Caro, Daniela Montoya; Liana Salazar (Diana Ospina), Leicy Santos, Yoreli Rincón; Catalina Usme, diferentemente do 5-4-1 da época do Felipe Taborda.

A Colômbia está no Grupo A ao lado das anfitriãs chilenas, Paraguai, Uruguai e Peru. Sua estreia está marcada para o dia 4 de abril, às 16h45, no Estadio La Portada, em La Serena, com as uruguaias, contra quem nunca perderam e sequer sofreram gols em quatro confrontos. Descartá-las das chances de título é esquecer do histórico recente diante de seus adversários.

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