No empate entre Atalanta e Borussia Dortmund pelo placar de 1 a 1, em partida válida pelas oitavas de final da Uefa Europa League, que garantiu a classificação dos aurinegros, foram ouvidos "sons de macaco" em direção ao atacante Michy Batshuayi. Na ocasião, o belga foi às redes sociais para comentar o ato e criticou a atitude dos torcedores italianos.

"2018 e ainda se escuta barulhos racistas de macaco nas arquibancadas... Sério?! Espero que vocês se divirtam vendo o restante da Liga Europa na TV enquanto nós jogamos", disse o jogador.

Uefa iniciou uma investigação para analisar o caso. E o resultado não agradou em nada o jogador e todos aqueles que esperavam medidas mais efetivas contra o racismo. A entidade multou a Atalanta em 34 mil euros (cerca de 138 mil reais). Aos torcedores, nada aconteceu. Batshuayi decidiu usar novamente as redes sociais para mostrar indignação: "Deve ter sido minha imaginação. Foram apenas barulhos de macacos, quem liga? 2018 gente...", finalizou o atacante.

Não é a primeira vez

Vale destacar que não é a primeira vez que a entidade máxima do futebol europeu mostra complacência com casos de racismo. Na partida entre Spartak Moscou e Liverpool pela fase de grupos da Liga dos Campeões, os atacantes Mané e Sturridge ouviram sons de macaco a cada toque de bola. Nenhuma medida foi tomada. 

Em partida pela Liga dos Campeões Sub-19, o atacante do Liverpool Rhian Brewster acusou o zagueiro adversário, Leonid Mironov (ironicamente, também do Spartak Moscou) de ter proferido palavras racistas contra ele. A Uefa concluiu as investigações sem divulgar nenhuma punição ao defensor.

“As punições disciplinares, unicamente, podem ser impostas se há suficientes provas concretas disponíveis. A Uefa encoraja qualquer jogador ou árbitro que possa ser objeto ou testemunha de condutas racistas, que informem isso e permitam o início de investigação. A Uefa está comprometida a erradicar o racismo do futebol e trata todos os relatos sobre discriminação e atitudes racistas com extrema seriedade”, concluiu.

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