Neste domingo de Páscoa (1º abril), às 13h30 pelo horário de Brasília, Arsenal e Stoke City duelam em um jogo extremamente importante pela 32ª rodada da Premier League no Emirates Stadium, em Londres. As duas equipes estão em extremos diferentes da tabela e, cada uma a sua maneira, precisam dos três pontos para afastar a pressão que existe sobre elas.

O Arsenal é o sexto colocado com 48 pontos, e está a 13 da zona de classificação para a Uefa Champions League. Os Gunners chegaram a ter recentemente três derrotas seguidas no campeonato e quatro na temporada, mas agora vem em uma sequência positiva. Nos últimos três jogos, duas vitórias sobre o Milan nas oitavas de final da Uefa Europa League e um triunfo sobre o Watford na última rodada da Premier League aliviaram um pouco a altíssima pressão sobre o técnico Arsène Wenger, no clube desde 1996.

Já o Stoke vem em uma sequência terrível. Os Potters estão na 19ª e penúltima posição, a três de sair da zona do rebaixamento, e não vencem há sete jogos. Foram quatro empates e três derrotas nas últimas partidas, e apenas uma vitória nos 10 jogos feitos em 2018 (2 a 0 sobre o Huddersfield Town, em 20 de janeiro). O momento ruim gerou até demissão de técnico: Mark Hughes, que começou a temporada, foi trocado por Paul Lambert em 16 de janeiro.

No primeiro turno as equipes se enfrentaram no Bet365 Stadium, em Stoke-on-Trent, ainda na segunda rodada do campeonato. Começando o ano com boas expectativas, o Stoke venceu por 1 a 0 com gol de Jesé. Porém, os Gunners venceram os últimos 12 jogos contra os Potters, e conquistaram 72,9% dos seus pontos nessa temporada em casa – nenhum time na atual edição da Premier League conquistou uma quantidade tão grande de seus pontos jogando em seus domínios.

Jesé (dir.) marcou o gol da vitória do Stoke sobre o Arsenal no primeiro turno (Foto: Divulgação/Premier League)
Jesé (dir.) marcou o gol da vitória do Stoke sobre o Arsenal no primeiro turno (Foto: Divulgação/Premier League)

Próximo de jogo decisivo na Europa League, Arsenal ainda tenta chegar perto do G4 da liga

Sexto colocado com 48 pontos, o Arsenal vem decepcionando nesta Premier League. A 13 pontos do rival Tottenham, que fecha a zona de classificação para a Champions League com o quarto lugar, os Gunners têm apresentado um futebol abaixo das expectativas e há muitos questionamentos sobre Arsène Wenger. O francês, técnico do clube desde 1996, não consegue mais fazer o elenco render como antes e tem lidado com constante pressão. Nos últimos jogos, entretanto, o clima ficou mais aliviado, graças às vitórias por 2 a 0 e 3 a 1 contra o Milan, nas oitavas de final da Europa League, e por 2 a 0 contra o Watford na última rodada da liga.

Para a próxima partida contra o Stoke, Jack Wilshere estará 100%. O meia sentiu dores no joelho enquanto estava com a seleção da Inglaterra na última data FIFA, mas se recuperou e deve estar disponível. Já o atacante Alexandre Lacazette, que sofreu uma lesão no joelho em fevereiro, voltou a treinar esta semana, mas ainda não será relacionado. A expectativa é que ele esteja disponível para a próxima partida, nesta quinta-feira (5 de abril), que é mais que decisiva: jogo de ida das quartas de final da Europa League contra o CSKA, em casa.

Lacazette (esq.) voltou a treinar, mas Steve Bould (dir.) confirmou o francês ainda fora do time (Foto: Divulgação/Arsenal FC)
Lacazette (esq.) voltou a treinar, mas Steve Bould (dir.) confirmou o francês ainda fora do time (Foto: Divulgação/Arsenal FC)

Com Arsène Wenger doente, coube ao auxiliar Steve Bould falar na coletiva pré-jogo. Bould (que nasceu na região de Stoke-on-Trent, era torcedor do Stoke e jogou no clube por nove anos) declarou que será um jogo difícil pela necessidade de conquistar pontos das duas equipes e que é complicado arrancar até chegar ao G-4, mas que o time precisa focar em vencer suas partidas até o fim. Além disso, ele afirmou que está focado na partida deste domingo (1º de abril), mas que ao mesmo tempo é importante ter os jogadores inteiros para o jogo contra o CSKA pela Europa League no meio de semana.

Todos os jogos são difíceis. É um clichê, mas não importa onde você jogue, todos fortes. Eles precisam de pontos e nós também, é complicado. O treinador disse que é complicado [chegar ao G-4] e é mesmo, não somos estúpidos. Mas nunca se sabe. Ganhar jogos agora é o melhor para nós, então quanto mais pudermos ganhar, melhor fica a temporada, e o que a determina é o que acontece no fim. Estou concentrado no jogo de domingo. Precisamos vencer, jogar bem e ter os jogadores em forma novamente para termos um elenco completo e ver onde podemos ir”, disse Bould.

Em fase complicada na temporada, Stoke City busca vencer para tentar sair da zona de rebaixamento

O momento do Stoke City não é nada bom. Nos últimos vinte jogos, o time venceu apenas três - sendo apenas um em 2018, por a 1 a 0 contra o Huddersfield Town no dia 20 de janeiro. Desde a virada do ano foram cinco derrotas e quatro empates (além da vitória contra o Huddersfield), que fizeram o time despencar para a zona de rebaixamento. Hoje os Potters estão na 19ª e penúltima posição, com 27 pontos. A distância para o West Ham – 17º e último fora da zona – é de apenas três pontos, mas a fase recente não permite que a torcida crie muitas esperanças.

Para o duelo contra o Arsenal, os visitantes ainda não podem contar com o atacante Eric Maxim Choupo-Moting – o vice-artilheiro do time na temporada deve ficar fora até abril com uma lesão na virilha. O também atacante Mame Diouf, que teve uma lesão no ombro, jogou com a seleção de Senegal na Data Fifa e deve estar disponível. O outro desfalque é por suspensão: expulso na última partida (derrota por 2 a 1 para o Everton), o meia Charlie Adam está fora do duelo no Emirates Stadium.

Após a demissão de Mark Hughes, Paul Lambert assumiu o time em janeiro. Ele já comandou o Stoke em oito partidas, com uma vitória, quatro empates e três derrotas. Contra o Arsenal, a tentativa é de uma quebra de jejum: os Potters nunca venceram os Gunners fora de casa na história da Premier League. Mas o atual treinador afirmou que a história recente não influencia na partida e lembrou que venceu no Emirates Stadium quando treinava o Aston Villa (2 a 1, na abertura da temporada 2012/13). Ele também pontuou que os adversários terão a bola na maioria do jogo, mas acredita que seu time tem condições de vencer e sair da incômoda zona de rebaixamento.

Com sete gols na temporada, o lesionado Choupo-Moting não joga contra o Arsenal (Foto: Alex Morton/Getty Images)
Com sete gols na temporada, o lesionado Choupo-Moting não joga contra o Arsenal (Foto: Alex Morton/Getty Images)

É difícil jogar lá, mas já estive ali e venci, sei como é vencer, empatar e perder lá. Não sabia dos resultados anteriores porque cheguei agora, mas isso não afeta nada em relação ao jogo de domingo. Sabemos que eles terão maior posse de bola, então temos que achar um jeito de machucá-los, e assim trabalharemos com o pessoal nos treinos. Vamos para lá confiantes e acreditando que podemos ganhar. Estou com muita positividade e acredito que continuaremos lutando e sairemos da situação onde estamos”, disse Lambert.