Depois de estrear com goleada de 5 a 0 sobre a Arábia Saudita, na abertura da Copa do Mundo nesta quinta-feira (14), Denis Cheryshev, atacante da seleção russa e autor de dois gols no confronto, concedeu entrevista coletiva após a partida. O atacante, saiu do banco de reservas após a lesão do camisa 9, Dzagoev, que se machucou ainda na primeira etapa da estreia.

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Balançando a rede duas vezes, Cheryshev foi o primeiro atleta a sair do banco e marcar dois gols em uma abertura de Copa do Mundo, quando questionado sobre o feito, o camisa 6 não tirou o sorriso do rosto e se mostrou realizado na coletiva de imprensa.

"A verdade é que nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar algo assim. Eu já me sentia realizado pelo simples fato em estar aqui, disputando uma Copa do Mundo pelo meu país, mas nunca pude imaginar algo assim", comemorou.

Ainda sobre a sensação de estrear com o pé direito, sendo protagonista de uma goleada, Cheryshev reconheceu os perigos que uma Copa do Mundo pode trazer, e foi cauteloso ao falar sobre o placar.

"Não existem palavras para explicar o que estou sentindo agora. Estou feliz pela equipe ter vencido, mas nós não podemos parar por aqui. Se relaxarmos, isso pode custar a nossa classificação, temos que continuar trabalhando duro como equipe", ressaltou.

Mesmo entre os 23 convocados do técnico Stanislav  Tchertchesov, o atacante não era visto como a primeira opção. Entretanto, mostrou humildade ao entender as escolhas do comandante e ressaltou o trabalho feito.

"Eu sempre respeitei a decisão do treinador em ficar no banco. Não tenho o direito de ficar feliz ou triste com a escolha dele, mesmo se eu tiver que jogar apenas um minuto, darei meus 100% dentro de campo. Irei me repetir, mas vou dizer que estou feliz em fazer parte dos 23, os gols foram só o resultado de muito trabalho", pontuou.

No final da entrevista, Cheryshev foi perguntado sobre o lance do segundo gol, no qual deixou dois defensores no chão ao ameaçar um chute antes de mandar para o fundo das redes. Por jogar no Villarreal, o questionamento foi sobre a tomada de decisão, visto que no Campeonato Russo o recurso do drible não é uma marca tão presente quanto na La Liga.

"Foi um lance muito rápido, foi questão de instinto, não tinha o que fazer, era um espaço muito curto no qual eu tinha que agir rápido. Tentei bater forte na bola e fui feliz em balançar as redes. Nós treinamos muito na Espanha mais a questão de posicionamento então acho que isso me ajudou mais do que no quesito do drible", finalizou.