Na última terça-feira (10), a Juventus confirmou a contratação mais badalada dos últimos anosCristiano Ronaldo. O astro português chega a Vecchia Signora por uma quantia de 100 milhões de euros em uma das transferências mais caras do futebol. Mas se engana quem acha que o negócio agradou a todos.

Fiat, patrocinadora do clube, terá problemas para resolver durante os próximos dias. Isso porque seus trabalhadores se revoltaram pelo acerto do gajo com o clube italiano. O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, é um dos executivos da empresa automobilística, que patrocina o clube. Em uma nota lançada nesta quarta-feira (11), o sindicato dos funcionários criticou a forma em que foram gastos o dinheiro da empresa.

"Não é aceitável que os trabalhadores continuem sendo sacrificados, enquanto a companhia gasta milhões de euros num jogador. Dizem às famílias para apertarem cada vez mais o cinto e então decidem investir tanto dinheiro num jogador. Acham isso justo? É normal uma pessoa ganhar milhões, enquanto milhares de famílias não tem direito nem a metade? Somos todos empregados como o dono e esta diferença de tratamento não pode continuar. Os trabalhadores da Fiat deram uma fortuna aos patrões nas últimas três gerações, mas em compensação foram compensados com uma vida de miséria. A Fiat deveria investir em novos modelos que garantem o futuro de milhares de pessoas, do que enriquecer apenas uma pessoa. Esse deveria ser o objetivo. A companhia deveria colocar os interesses dos seus empregados em primeiro lugar. Se isso não acontece, é porque eles preferem o mundo do futebol do que todo o resto", revelou o comunicado.

Devido a esse tratamento da FIat, os funcionários optaram por entrar em greve por três dias. "Pelas razões descritas acima, o Sindicato declarou uma greve na fábrica de Melfi entre as 22 horas de domingo de dia 15 de julho e as 18 horas de terça-feira dia 17 de julho", anunciaram.

Para entender melhor a polêmica, é preciso saber um pouco sobre o comando da Juventus. Andrea Agnelli, presidente juventino, detém cerca de 65% do clube. Já a marca italiana por sua vez é dona de uma porcentagem das operações da família Agnelli e do time bianconeri. Tal envolvimento na contratação gerou incomodação por parte dos trabalhadores.

Resta saber agora quais serão as medidas tomadas pela Fiat e se haverá alguma resposta para seus funcionários durante os próximos dias. É certo que boa parte dos funcionários não irão querer ver uma camisa de CR7 tão cedo na Itália.