A passagem de Ramires no Benfica foi curta. O volante, comprado na época ao Cruzeiro, acabaria sendo vendido depois de apenas uma temporada. O fato, porém, não fez com que a simpatia dos encarnados diminuísse pelo jogador.

Campeão Português pelo clube da luz, que naquele ano quebrou uma grande sequência do rival Porto, o médio teve participação importante e decisiva. Fato é tanto, que no fim daquele ano o atleta acabaria sido convocado para a Copa do Mundo de 2010.

No Chelsea, time que o comprou, o caminho de sucesso no futebol europeu continuou. Outra vez importante, o brasileiro foi uma das figuras mais ativas no título da Champions League, a primeira e única até agora da história dos Blues. Mais uma vez, Ramires era chamado a outra Copa, a segunda da carreira. E também sua última aparição em alto nível. Logo em seguida seria vendido ao futebol chinês - onde está até hoje. Ao menos temporariamente. 

Com a cota de estrangeiros limitada, o Jiangsu Suning abriu mão de Ramires em seu elenco. Deixando-o á margem do mercado para ser negociado. E foi com essa oportunidade á vista que o Benfica entrou em campo.

Segundo o Jornal Abola, as conversas já tiveram início e as tratativas levam a dois cenários: o primeiro seria o de um empréstimo de dois anos (período que vai até o final do contrato do volante com os chineses), e o segundo, seria o volante rescindir definitivamente (algo por sinal pretendido pelo jogador) e assim ficar livre para assinar com qualquer equipe. Dentre essas, claro, o Benfica bem posicionado no concurso.

Capa do Abola trouxe em primeira mão as negociações do Benfica para o retorno do volante brasileiro
Legenda

Outro drible que o clube português precisa dar para fechar a negociação tem nova margem dessa vez. As águias enxergam o setor de meio como carente e já tentaram alguns nomes, vistos como prioridades iniciais.

A primeira, o retorno do prodígio Renato Sanchez, mas o Bayern não liberou. Em seguida, Guilavogui, do Wolfsburg, e Gabriel do Leganés chegaram até mesmo a aceitarem as propostas do maior campeão português. Mas ambos os acordos não foram para o papel outra vez devido a falta de entendimento com os clubes origens, que endureceram nas tratativas. 

Situação totalmente oposta ao caso de Ramires. Os chineses demostraram total disposição em liberar o meio-campista de duas Copas do Mundo, mas o salário é totalmente acima dos padrões ao que o Benfica pode oferecer: cerca de seis milhões de euros limpos por ano. De acordo com o Abola, dois milhões foi o valor que a diretoria de futebol lisboeta teria chegado, apesar de admitir aumentar para 'pouco' mais.

Longe ou perto de voltar a jogar em Portugal, o jogador sabe que não receberá mais um salário tão vultuoso nos lugares que possui mercado em grandes centros ou clubes (como o Benfica). Então as águias contam com a flexibilidade do atleta, que teria um bom contrato definitivo e espaço para jogar futebol competitivio novamente em um clube onde possui boa identificação. Outro cenário já mencionado acima, é que os chineses banquem parte do grande montante salarial de Ramires, visto que ele não será mesmo utilizado por lá.