Em mais um equilibrado jogo válido pelo grupo 4 da Nations League, Croácia e Inglaterra se enfrentaram em Rijeka, na Croácia - de portões fechados - já que os croatas foram punidos pelo incidente com um símbolo nazista exposto em campo em jogo de eliminatórias, no ano de 2015. A Espanha é o outro time que divide o grupo com as 2 equipes que entraram em campo e derrotou ambas nas primeiras rodadas. Na primeira, bateu a Inglaterra por 2 a 1. Na segunda, goleou a Croácia por implacáveis 6 a 0. Croácia e Inglaterra buscavam, assim, os primeiros pontos no grupo.

O time da casa entrou em campo tentando dar a volta por cima no mau momento que passam. Para enfrentar os ingleses, não tinham dois jogadores considerados titulares em seu time: o lateral Vrsaljko e o meia Brozovic. Mesmo assim, Zlatko Dalić mandou pra campo um time bem competitivo, com seus 3 craques confirmados - Rakitic, Perisic e Modric - o último, extremamente motivado, já que recentemente foi consagrado pela FIFA como o melhor jogador do mundo.

Já os “Three Lions” tinham um time bastante móvel em seus 11 iniciais. Gareth Southgate optou por 3 atacantes bem agudos (Rashford, e Kane e Sterling) e um meia de ligação jogando um pouco mais atrás, Ross Barkley, como faz tradicionalmente quando está em campo pelo Chelsea.

O jogo começou bem morno, baseando-se principalmente na troca de passes no meio de campo, mas com pouca pressão na saída de bola por parte das 2 seleções. Na Croácia, o 3 volantes eram os jogadores mais procurados do time. Além dos meias do Real Madrid e do Barcelona, Kovacic era o 3º homem com visão de jogo mais apurada e que procurava lançar os atacantes croatas.

Perisic e Kramaric foram quem mais exigiram da zaga inglesa e do goleiro Pickford, já que ambos tentaram chutar ao gol por 2 vezes na partida. Do outro lado, a proposta que mais vinha dando certo eram os contra-ataques pelo lado de campo, muito em função da velocidade dos laterais Chilwell e Walker e as arrancadas de Sterling e Rashford. Portanto, o último passe era o maior problema encontrado pelos ingleses.

Aos 43 minutos do primeiro tempo, finalmente a melhor chance do jogo entre as duas equipes. Em escanteio cobrado por Henderson, Dier mandou de cabeça direto na trave. Mas ficou nisso. A expectativa era de que a intensidade das equipes fosse diferente na etapa final de jogo.

A volta do segundo tempo não foi muito diferente do que foi visto nos 45 minutos iniciais. Nenhuma das equipes mexeu no time e nem tinha pressa na saída de bola. Aos 5 minutos da segunda etapa, foi a vez do artilheiro Harry Kane acertar o travessão em outra bola perigosíssima pelo alto jogada no ataque inglês. Foi a 2ª grande chance desperdiçada pela seleção da Inglaterra. Apenas 4 minutos depois, Rashford foi lançado por Walker cara-a-cara com o goleiro Livakovic e perdeu um gol incrível numa chance claríssima.

E não era Déjà-vu. Na jogada seguinte, Rashford perdeu uma nova chance na grande área. Como não é titular absoluto da Seleção inglesa, o atacante vê sua posição ameaçada ao perder 2 gols tão claros.

A Croácia praticamente assistia o time inglês jogar e parecia não se incomodar quando não tinha a posse de bola, que marcava mais de 60% para os “Three Lions”. Aos 24’, a Croácia assustou quando Rebic arriscou um belo chute de longe e quase abriu o placar para o time da casa. Uma das raras boas chances de ataque produzidas pelos croatas na partida.

Mas o gol realmente não sairia, o que acabou deixando o 0 a 0 como um resultado ruim para as 2 equipes, que ainda não pontuaram no torneio. É ainda mais preocupante para a Croácia, que tem um saldo negativo de 6 gols e acabou de ser semifinalista de uma Copa do Mundo. Na próxima segunda-feira (15), a Inglaterra viaja para encarar a Espanha em Sevilha.