No Wanda Metropolitano, o Atlético de Madrid recebeu o Monaco visando continuar na cola do Borussia Dortmund nas primeiras colocações do Grupo A da UEFA Champions League e chegar aos 9 pontos. Atual terceiro colocado no campeonato espanhol, o time da capital madrilenha vive bom momento na competição intercontinental e vem apresentando um futebol bem vistoso sob o comando de Cholo Simeone. Em contrapartida, o time de Henry passa por um momento inexplicavelmente mal tanto na Ligue 1 quando na UCL, o que já coloca o manager francês sob pressão embora tenha assumido o posto há poucos meses.

O Atlético, num 4-3-3 bastante ofensivo e com apenas Rodri e Partey estabilizando o time defensivamente, indicava que queria construir um largo placar na frente de seus torcedores. Koke e Lemar (ex-jogador do próprio Mônaco) eram os meias prontos para servir Correa e Antoine Griezmann na última linha. Na defesa, tinha uma tradicional composição de 4 defensores, com o colombiano Arias tendo a liberdade para subir e atuar como um ala pela direita, Savic e Hernández na zaga e Filipe Luís como um lateral mais recuado.

O Mônaco tinha em campo um time bem parecido com aquele que que foi duramente derrotado pelo Club Brugge dentro de casa na semana passada, pelo placar de 4 a 0. Eram muitos os garotos como apostas de Henry. O grande intuito do time do principado era alcançar a 3ª vaga na competição e garantir-se nas fases finais da Liga Europa dessa temporada. Em campo, tinha um time bastante acuado e desconhecido, com diversos jogadores com menos de 21 anos no time titular. Os maiores destaques individuais ficavam por conta do goleiro Benaglio, Golovin, Chadli e o craque do time, o belga Tielemans.

No primeiro minuto de jogo, a má fase do Monaco deu as caras. Koke bateu de fora da área, a bola desviou nas costas do zagueiro Badiashile e entrou. O gol foi contabilizado pela UEFA como contra, marcado pelo jovem zagueiro do Mônaco. Os visitantes, já em momento difícil, desestabilizaram-se ainda mais. A dificuldade para trocar passes e chegar ao meio de campo adversário era notável. Depois de falta cometida por Golovin na entrada da área adversária, o Atleti teve a chance de marcar o segundo gol, não fosse o leve desvio na trave depois da cobrança de Lemar.

Aos 23 minutos de jogo, depois de bela jogada de Ángel Correa em cima do zagueiro Jemerson, o argentino serviu Griezmann que, de trivela, tocou para o gol praticamente vazio e marcou o segundo para o time de Madrid. A facilidade de domínio de jogo por parte dos mandantes assustava o Mônaco, que pouco conseguia produzir. O francês e recém-campeão mundial Antoine Griezmann era, de praxe, quem chamava a responsabilidade no time madrilenho. A única chance do time visitante apareceu no último minuto da primeira etapa, com Badiashile desviando de cabeça ao lado da trave direita do goleiro Oblak.

E o script foi o mesmo até o final do primeiro tempo, que marcava 5 chutes a 1 à favor do Atlético e quase 60% de posse de bola para os espanhóis. Thierry Henry teria que dar outra cara a seu time se quisesse alterar o panorama da partida para os 45 minutos finais. No outro lado, Simeone deixou o Atleti ainda mais agressivo ao sacar Koke para a entrada de Vitolo antes do reinício do jogo.

Na volta da partida, Cholo viu sua equipe ter o domínio completo do meio de campo mas não produzir com tanto perigo. O último passe era falho e, até os 10 minutos do segundo tempo, os espanhóis não chegaram a chutar a gol. Henry resolveu mexer nos 11 que começaram a partida e tirou Sylla para a entrada do experiente Falcao Garcia. E foi Falcao quem teve a melhor chance do Mônaco na partida, logo em sua primeira oportunidade clara de gol, quando girou e chutou em cima do goleiro Oblak.

Claramente se poupando fisicamente no jogo, o Atlético de Madrid seguia controlando as ações do jogo, não deixando que o Mônaco saísse com voracidade para o ataque mas sem fazer muito para lograr o 3º gol na partida. Lemar ainda deu lugar ao centroavante croata Kalinic, que se juntou a Correa e Griezmann no comando do ataque do time de Madrid. A chance seguinte de perigo dirigida ao gol de Benaglio só se deu aos 34 minutos, quando Partey tentou de longe e obrigou o goleiro suíço a fazer uma boa defesa. Pouco menos de 10 minutos para o final da partida, Griezmann bateu falta na altura do garrafão e levou perigo ao gol do Monaco.

E finalmente “a luz no fim do túnel” apareceu para o time da Ligue 1. Aos 37', depois de bola desviada no braço de Savic, o zagueiro recebeu seu segundo cartão amarelo na partida e foi expulso de campo. Na cobrança, acompanhando a péssima fase que vive a equipe, Falcao tirou demais do canto direito do gol e mandou a bola direto para fora.

Pouco menos de 5 minutos para o final do jogo, Tielemans deu o último suspiro para o time visitante depois de boa falta cobrada de longe, que exigiu que Oblak espalmasse para o lado e afastasse o perigo da área atleticana. Em seguida, o próprio belga tentou novo chute da entrada da área mas o goleiro esloveno agarrou com certa facilidade. Falcao ainda teve tempo de arriscar com perigo, em bola que passou ao lado do gol. O Monaco terminou a partida com mais chutes a gol que o próprio time da casa. A mudança de postura foi gigante no segundo tempo.

Mas ficou nisso. O Atlético de Madrid chegou aos 9 pontos e classificou-se de forma antecipada para as oitavas de final da Liga dos Campeões, que começa no mês de fevereiro do ano de 2019. O Monaco, que vive momento oposto ao do time espanhol, figura na última posição do grupo, com um ponto, não tem chances nem de buscar uma vaga à Europa League  - o Brugge é o terceiro, com cinco.

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