O Manchester United recebeu o Fulham em Old Trafford para voltar a vencer na Premier League, em confronto válido pela 16ª rodada da principal competição nacional inglesa. Começando a rodada na 8ª colocação, o time comandado por José Mourinho buscava deixar os três pontos, sair da cola do Everton e encostar na parte de cima da tabela.

Os Devils tinham de volta sua tradicional dupla de zaga, formada por Jones e Smalling. Além deles, o jovem lateral português Dalot ganhou uma nova chance pra mostrar seu valor no time principal do United. Para fechar a defesa, Young era o lateral-esquerdo. No meio-de-campo, um esquema diferente do padrão recentemente utilizado por Mourinho, que trocou o 4-3-2-1 por uma dupla de volantes composta por Matic e Herrera; Mata, Rashford e Lingard no meio; e Lukaku ganhando uma outra chance pra provar que pode voltar a ser o 9 do Manchester.

Do outro lado, The Cottagers - como é conhecido o Fulham - tinha na beirada do campo o experiente Claudio Ranieri, que escalou um tradicional 4-2-3-1, com destaque para seus meias mais abertos, Schurrle e a prata da casa Sessegnon. Além desses, o inglês Cairney era o grande destaque do time, que ainda tinha Mitrovic como o centroavante isolado. Vale pontuar a presença do volante Zambo Anguissa, de muita marcação e forte imposição no campo de defesa, sendo o grande cão de guarda dos visitantes em campo.

Com a bola em jogo, quem começou a pressão foi o time da casa, que apostava no lado esquerdo para subir com agressividade ao ataque - com Young e Rashford - apoiando-se  no lado de Odoi, lateral-direito do Fulham. Depois de tanto apertar, foi por lá que um dos ataques foi mortal: aos 13’ da primeira etapa, numa dessas subidas, Ashley Young arriscou uma bela caneta em Odoi e emendou um chute cruzado para marcar um golaço para o United. Era o gol que marcava toda a intensidade do time do norte da Inglaterra no jogo, que era bastante ofensivo em relação às últimas apresentações da equipe de Mourinho na Premier League.

Com mais tranquilidade, os donos da casa mudaram a estratégia e passaram a usar o lado-direito, de Dalot e Mata, para continuar a pressão no time visitante. Os Cottagers tinham dificuldades para deixar o campo e defesa e subir até depois da linha do meio-de-campo.

Em mais uma jogada muito bem construída pelo lado esquerdo do ataque Red Devil, Lukaku lançou Rashford que entrava livre em velocidade, o ponta encontrou Juan Mata, que entrava de forma aguda para a entrada da área e deu um toque rasteiro bem sutil para marcar o segundo do United no jogo, na marca dos 28 minutos.

O time de Londres precisava de um gol para voltar para a partida o mais rapidamente possível, mas a equipe do italiano Ranieri simplesmente era nula na armação do jogo e pouco produzia para mostrar eficácia no ataque. Mitrovic, completamente isolado no ataque, era o único jogador que incomodava a defesa do United.

Aos 37’, Marcus Rashford, após cobrar falta de muito longe, quase marcou o terceiro do dos Devils no jogo, não fosse a excelente defesa do goleiro espanhol Sergio Rico, que vinha salvando o Fulham de um placar elástico do time mandante.

E não deu outra, a facilidade era tamanha que, aos 41 minutos - em jogada ensaiada - Mata lançou Lukaku que apenas empurrou para o gol. O terceiro veio em um ótimo momento do United na partida, que não abdicava de atacar em nenhuma jogada após o primeiro gol. Era a volta para o intervalo ideal para Mourinho, que pouco tinha a reclamar.

O panorama do jogo não mudou no segundo tempo. Logo aos 3 minutos, Lukaku teve 2 boas chances para marcar seu segundo gol no jogo. Aos 20 minutos do segundo tempo, Ander Herrera empurrou Camara dentro da área e viu o juiz marcar pênalti. Era a grande chance para o Fulham voltar para a partida. O próprio atacante converteu a penalidade e fez o primeiro dos Cottages na partida. 3 a 1 e mais emoção até o final do jogo. Na jogada seguinte, Anguissa se envolveu em uma dividida sem bola com Rashford e acabou recebendo o segundo cartão amarelo, logo no melhor momento dos visitantes para reagir.

O United deu uma forte defasada na qualidade de seu futebol após o gol da equipe londrina, principalmente na troca de passes. Matic e Herrera foram os que mais sentiram o mau momento. Por essa queda de rendimento no meio-de-campo, Mourinho sacou Lingard para que Fred entrasse na partida e equilibrasse aquela zona do campo.

Faltando 10 minutos para o final da partida, Herrera lançou Rashford, que driblou dois defensores do Fulham antes de chutar direto nas mãos de Rico. Seria um gol espetacular do promissor atacante inglês. Na jogada seguinte foi a vez de Lukaku perder cara-a-cara com o goleiro espanhol, que fez outra boa defesa. 

Mas não fechou nisso: pegando a todos de surpresa, Rashford acertou um belo chute de fora da área e mandou para o fundo das redes - aos 83 minutos - sem a mínima chance de defesa para o goleiro.

Mas nem com o quarto gol o Manchester perdeu seu gás. Dalot, muito bem na partida, foi novamente acionado no ataque e deu uma boa assistência para McTominay, que por pouco não marcou de cabeça.

E assim o  torcedor do United escutou o apito final, depois de uma ótima apresentação de seus jogadores, numa apresentação bem diferente daquilo que eles estavam acostumados a ver durante essa temporada. O próximo compromisso dos Red Devils será pela Champions League quando, na próxima quarta-feira (12), viajam até a Espanha para enfrentar o Valencia e tentar a primeira colocação em seu grupo. Já o Fulham continua preocupado com a Premier League. O próximo jogo dos Cottages será dentro de casa, no sábado que vem (15), quando recebem o West Ham para tentar os 3 pontos na frente de seus torcedores.