Acabou a era, ou pelo menos uma primeira fase, de José Mourinho no comando do Manchester United. Em uma terceira temporada muito abaixo do que se esperava, a diretoria dos Red Devils decidiu encerrar de imediato o vínculo com o treinador português, que pouco provou ser o que sua marra propunha.

Em dois anos e meio de trabalho, foram 144 partidas, sendo 84 vitórias, 32 empates e 28 derrotas, um aproveitamento de 67,7 %. O título da Europa League, conquistado em 2017, trouxe a esperança de uma nova filosofia competitiva, o que animou o torcedor vermelho e reforçou o potencial de Mourinho. Mas o péssimo desempenho apresentado até agora nesse ano é, em grande parte, consequência de uma série de equívocos do "Special One".

Do banco, Mourinho assiste a derrota para o Liverpool (Reprodução / MUFC)
Do banco, Mourinho assiste a derrota para o Liverpool (Reprodução / MUFC)

Analisando 2018, o United começou decepcionando na EFL Cup, caindo na terceira rodada para o pequeno Derby Country. Na Premier League as coisas também não se acertaram, o time está em sexto lugar, 19 pontos atrás de líder.

Nos duelos contra o Big Six inglês, uma sequência de derrotas, onde o time foi dominado pelo adversário e nem conseguiu apresentar reação, destaque para os jogos contra Manchester City e Liverpool. O único momento de alegria talvez tenha sido a classificação para a próxima fase da Champions League

O pensamento antiquado do "Park the Bus" nunca agradou, de fato, a torcida. O futebol lento e retrancado não combinava com o a história do clube. O United sempre foi uma equipe ofensiva, que jogava pressionando no campo de ataque, em velocidade. Uma mudança tão radical no pouco tempo de trabalho do português  simplesmente não deu match.

Além disso, um acumulo desnecessário de polêmicas fora dos gramados tornou o ambiente insuportável. A arrogância de Mourinho o impediu de mudar, de reconhecer a má fase dos Red Devils. A briga com Pogba, que foi contratado por um pedido dele, rachou o elenco e a consequência imediata foi a falta de entendimento dos jogadores em campo e uma enorme perda de qualidade. 

Polemicas com jogadores afetaram o desempenho do time (Reprodução / MUFC)
Polemicas com jogadores afetaram o desempenho do time (Reprodução / MUFC)

Atualmente, se tornou possível afirmar que o maior campeão inglês não consegue fazer frente à seus principais rivais. Parece que os Manchester United ainda não conseguiu superar a saída de Sir Alex Fergunson e, de lá pra cá, acumulam apenas fracassos nos comandos técnicos. 

Enquanto o pesadelo não acaba, Gunnar Solskjaer assume as rédeas até o fim da temporada. Depois disso, a expectativa é a contratação de um novo comandante. Nomes sinônimos de jogo ofensivo, como o de Zinedine Zidane, Mauricio Pochettino e Diego Simeone, já foram especulados. Fato é que o Teatro dos Sonhos não pode ver um futebol pior que este.

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