Diversos textos alertam sobre o crescimento das plataformas de stream dentro do entretenimento mundial e no esporte. Netflix, Twitch, entre outras, eram citadas como as maiores marcas do conteúdo digital. Aparentemente, um ex-presidente futebolístico acredita que tal manobra pode ser implementada no futebol.

Trata-se de Simon Jordan, ex-presidente do Crystal Palace, quem passou dez anos no comando do time londrino, porém, apenas um ano na elite. Sem tanto sucesso nos gramados, Simon estabeleceu uma fortuna fora dela, através de uma companhia telefônica. Por esse conhecimento fora das quatro linhas, o mesmo incentiva a Premier League a lançar um serviço de streaming.

Falei sobre a Premier League se tornar a ‘Netflix do futebol’, uma plataforma de vídeo sob demanda que controla seu próprio produto. Se você tiver 100 milhões de assinantes na ‘Premier League TV’ e se cobrar £8 por mês como a Netflix, terá um lucro de quase £10 bilhões em um ano. Não são os £8,7 bilhões a cada três anos, como acontece atualmente. A liga precisa construir sua própria plataforma e se tornar a Netflix do futebol, na qual você controla seu próprio destino”, frisou.

Seguindo os passos da NFL e da NBA, as quais possuem o League Pass que permite que o assinante assista os jogos que quiser, seja a temporada toda ou apenas um jogo, a PL poderia, ao menos, privar alguns jogos apenas ao seu serviço on demand, para ver como fluiria a ideia de ter sua própria plataforma.

Claramente, se “livrar” da Sky Sports não seria nada fácil. Além das outras emissoras, o poder seria totalmente da competição. Como ficariam as divisões? O Big Six teria a mesma grife? Algo a se pensar.

Quem não pensa mais é Aleksander Ceferin, mandatário reeleito e que ficará á frente da UEFA até 2022. O mesmo cita que os jogos estarão disponíveis nas plataformas digitais em seis meses, basicamente, na próxima temporada.

“Vamos criar nosso próprio OTT (streaming) para complementar a TV paga. Ele ainda não está pronto, mas estamos construindo nossa própria plataforma OTT para realmente ir além do conteúdo atual.”

Algo que ainda não podem desfazer são os contratos assinados até aqui. Por exemplo, a UEFA Champions League tem contrato, no Brasil, com a Turner e com o Facebook até 2021. Porém, o que mais irrita o dirigente do Crystal Palace é a acomodação de alguns.

"Eu dei uma palestra recentemente sobre o negócio do futebol e fiquei impressionado quando, ao perguntar para o Liverpool’s e Tottenham’s da vida qual a próxima fronteira para a evolução financeira do futebol, ouvi que ‘se ainda não está quebrado, não conserte'”.

A moda está pegando. Epstein, um dos importantes cabeças que já passaram pela UEFA, também havia comentado sobre isso em 2016, para fazer um teste com a Eurocopa da França, a qual terminou com Portugal erguendo seu primeiro troféu. É questão de tempo para que as streams comecem a dominar o mercado.