É jogo bom que você quer? então é bem provável que os espectadores que acompanharam o confronto entre Liverpool e Burnley, que se enfrentaram na manhã deste domingo (10) no Anfield pela Barclays Premier League,  assistiram mais uma bela apresentação de ambos os times, que protagonizaram uma partida digna de um Campeonato Inglês. O único contra-ponto no jogo foi tempo.

Primeiro tempo "on fire!"

Debaixo de sol, frio e, em algumas vezes, chuva de granizo, mas sempre com o vento forte, o Burnley mostrou que ia fazer o papel do visitante indigesto logo no início da partida. 

Aos seis minutos do primeiro tempo, Westwood cobra escanteio fechado e a bola passa por todos os jogadores até balançar as redes do goleiro Alisson, que reclamou com a arbitragem por conta de um empurrão que sofreu do zagueiro Tarkowski. Mesmo assim, o árbitro confirmou o gol dos clarets. 1 a 0.

Após o gol sofrido, o time de Klopp fez valer a sua principal característica e atacou a esquadra de Sean Dyche, que se defendia de forma eficaz, sendo quase que perfeito nas bolas aéreas. Porém, como já diz o ditado popular, os reds tanto "bateram" na defesa sólida do Burnley, que conseguiram "furar".

E com 19 minutos da etapa inicial, Salah Wijnaldum fizeram bela jogada pela esquerda e o egípcio foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. O defensor Tarkowski e o goleiro Heaton se enrolaram, a bola sobrou para o atacante brasileiro Firmino, que empatou a partida. 1 a 1. A última vez em que o camisa 9 do Liverpool tinha balançado as redes foi no dia 19 de Janeiro de 2019. Foram mais de 400 minutos sem marcar mas que agora foram deixados pra trás.

Por conta disso, os clarets tentaram reorganizar o time, tentando ficar mais com a posse de bola e dar mais trabalho ao goleiro Alisson, que após o gol sofrido, virou um espectador privilegiado por estar dentro de campo "assistindo o jogo".

Enquanto isso, o Liverpool era consistente nas jogadas de lado de campo com seus laterais além de contar com a ajuda da dupla Mané e Salah. Mesmo tentando segurar a pressão dos donos da casa, que faziam valer o fato de estarem jogando com a torcida a seu favor, o Burnley não conseguiu conter a reviravolta.

E com 28 minutos do primeiro tempo, Mané tentou tabelar com Firmino mas Hendrick interceptou e tocou para Bardsley, que pelejou para afastar o perigo da área. Porém, Lallana deu carrinho e a bola foi pra trás, entrando na área dos clarets. Na sobra, Salah tentou o arremate mas Mee também bloqueou. Entretanto, a bola caiu mais uma vez nos pés de um jogador dos reds. O senegalês aproveitou a sobra e bateu colocado, sem chances para o arqueiro do Burnley. 2 a 1.

A virada dos donos da casa deixou o comandante Sean Dyche. O treinador mandou seu time para frente, para tentar igualar o perigo com a equipe de Klopp, que seguia atacando incessantemente. Entretanto, as esquadras não protagonizaram outros lances de perigo, dando assim fim do primeiro tempo.

Etapa final nem tão "fire" assim

No segundo tempo, o Burnley foi ao ataque, protagonizando em alguns momentos até o esquema 4-2-4, com quatro pontas entrando na área.

Os visitantes voltaram a dar trabalho para a defesa do Liverpool, que se defendia como dava mas com certo problema por conta da mudança de postura dos clarets. Os cruzamentos na área do arqueiro brasileiro Alisson deram trabalho para Matip Van Dijk, que conseguiram se virar para afastar o perigo do gol dos reds.

A partida seguia sem surpresas. Os donos da casa diminuíram a suas investidas ao ataque e os visitantes, como um time bem postado desde o início da partida, se reorganizaram e foram ao ataque mas sem sucesso. Porém, a surpresa que surgiu no jogo, ventou a favor dos reds.

Com 22 minutos da etapa final, o goleiro Heaton cobrou mal o tiro de meta. A bola sobrou para Salah, que arrancou em velocidade e chutou forte mas foi travado por Taylor. Na sobra, Firmino, sem goleiro não teve trabalho para ampliar a vantagem para o Liverpool. 3 a 1. Após o gol, o meia Wijnaldum deu lugar ao volante Henderson.

Depois do gol, o time de Klopp apenas administrou a partida e manteve a posse de bola para não sofrer também algumas surpresas desagradáveis como ao lance do terceiro gol dos reds. Por isso, aos 31 minutos, o comandante sacou o meia Lallana para dar lugar ao volante Keita.

Por outro lado, o técnico Sean Dyche promoveu duas mudanças. Tirou o volante Hendrick e o atacante Wood e colocou o meia Gudmundsson e o lendário atacante de pouco mais de 2 metros, Peter Crouch. O jogador, que teve uma marcante passagem pelo Liverpool, foi aplaudido pela torcida dos reds ao pisar no gramado.

Mesmo mais contido taticamente, os reds ainda tinham chances claras de gol. Aos 36 do segundo tempo, Mané perdeu uma chance incrível de balançar novamente as redes, depois de um cruzamento rasteiro do lateral-direito Alexander-Arnold. Depois disso, os treinadores promoveram as suas últimas investidas. Sean sacou o atacante Barnes para a entrada de Vydra e Klopp tirou Arnold para colocar Sturridge.

Os valores foram invertidos e o Burnley passou a atacar a área do Liverpool. E aos 45 minutos da etapa final, foi a vez dos clarets balançarem as redes. Depois de uma confusão dentro da zaga dos reds, Vydra deu belo passe para Gudmundsson diminuir a vantagem e deixar os torcedores dos reds apreenivos. 3 a 2. O árbitro deu três minutos de acréscimo. O momento era decisivo para saber se o jogo terminaria em um possível empate ou em uma vitória dos donos da casa.

E aos 47, quase 48, do segundo tempo, no último lance da partida, o ataque do Liverpool decidiu a partida. Em jogada de velocidade, Firmino serviu Sturridge pela direita. O atacante deu um belo passe para Mané que só driblou Heaton e deu números finais ao jogo. 4 a 2.

Com a vitória, o  Liverpool chega aos 73 pontos, um a menos que o líder, Manchester City. E na próxima rodada enfrenta o Fulham, no Craven cottage, ás 11h15, no domingo (17). Já o Burnley, que chegou a disputar a Europa League nessa temporada, amarga a 17ª colocação, com 30 pontos e no próximo sábado (16), joga contra o Leicester, no Turf moor, dentro de casa, às 12h.