O dia 17 de junho de 2019, essa é a data que marcou o fim de uma era, Francesco Totti anunciou sua saída da Roma, magoado com os administradores norte-americanos do clube, ele não escondeu sua insatisfação e afirmou que não foi ouvido em várias decisões tomadas desde que ele se juntou ao staff romanista.

Totti se despediu dos gramados em 2017, desde então, o ex-capitão fazia parte da diretoria, mas em entrevista coletiva), deixou claro que suas opiniões não eram consideradas.

“Há 8 anos, desde que os americanos entraram, eles tentaram de todas as maneiras nos colocar de lado".

O ex-jogador expôs que os romanistas são excluídos das decisões. Foi em 2011, que um grupo norte-americano adquiriu a Roma, de lá para cá, o clube não conquistou nenhum título, e para piorar os "enroscos" da administração têm sido os destaques na imprensa, o caso Totti não é o primeiro.

“Sabiam o meu desejo de dar muito para a equipe, mas nunca quiseram. Deixaram-me fora de tudo. Algumas pessoas sempre tiveram a ideia de tirar os romanos da Roma. Eles conseguiram o que queriam”.

Mais recentemente, Danielle De Rossi foi obrigado a deixar o clube contra a própria vontade, o meio-campista não teve seu contrato renovado e protagonizou uma cena incomum ao dizer que gostaria de ficar, mas que os dirigentes não o queriam. Outra saída que podemos considerar importante foi a do ex-diretor esportivo Monchi, ele tinha contrato até 2020, rompido em março passado.

A diretoria da Roma se defendeu das acusações feitas por Totti, por meio de nota oficial. De acordo com a nota, foi oferecido ao até então dirigente o cargo que era ocupado por Monchi, porém ele não aceitou. Além disso, também diz que as concepções do maior jogador da história romanista sobre o trabalho desenvolvido pela diretoria são “fantasiosas”.

As saídas não são coincidências, elas expõem o retrato de um clube, que não valoriza seu passado recente e, por consequência, se encontra perdido no presente. Nesse cenário imaginar um futuro inspirador para a torcida giallorossa fica bastante complicado.

Trinta anos dedicados ao clube não foram suficientes, para que Francesco Totti recebesse um tratamento que respeitasse a relação de amor que manteve com o time da capital. Quem está certo nessa história, só o tempo e a bola vão dizer.

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