Nos últimos meses, Clemens Tönnies colecionou polêmicas. O bilionário alemão, presidente do Schalke 04 desde 2001, deu uma série de declarações e teve uma série de atitudes muito polêmicas. Nesta terça-feira (30), ele renunciou ao cargo de mandatário dos mineiros.

Em agosto de 2019, Tönnies deu declarações racistas. Ele chegou a ser suspenso do cargo por falar, em um evento que defendia a construção de usinas elétricas na África, que, com mais energia advinda da eletricidade, "os africanos parariam de derrubar árvores e de produzir crianças quando fica escuro".

Nos últimos meses, um novo problema. Dono da Tönnies Holding, maior empresa frigorífica da Alemanha, a empresa teve um surto de coronavírus em uma das plantas. Na cidade de Gütersloh, que tem cerca de 360 mil habitantes, 1,5 mil funcionários da empresa contraíram Covid-19. 

A torcida do Schalke 04 pedia a saída de Tönnies desde quando os escândalos de racismo surgiram. A temporada da equipe mineira foi outro fator decisivo. O clube finalizou a Bundesliga 2019/2020 na 12ª posição, com um segundo turno de péssimo desempenho. Os mineiros não venceram nem um dos últimos 15 jogos, perdendo dez deles.

Desde quando Tönnies assumiu a presidência do Schalke, porém, a equipe teve bons resultados. Foram cinco vice-campeonatos alemães e dez idas à Uefa Champions League, duas Copa da Alemanha (2002 e 2011), uma Supercopa, além dois títulos das extintas Copa Intertoto em 2003 e 2004, que sagrava três campeões por ano, e da Copa da Liga Alemã, em 2005.