Depois da vitória da Juventus por 4 a 1 em cima do maior rival local, Torino, Gianluigi Buffon comentou à Juventus TV sobre a marca de 648 jogos na Serie A — o maior jogador com atuações no futebol italiano da história.

“Olha, agora no fim da partida, ganhamos e sou muito feliz, pois é algo que me deixa feliz. E me deixa orgulho, pois vivi muito. Joguei um ano na Série B, outro ano em Paris [no PSG]. Apesar desse fato, nunca pensei em recorde. Mas o recorde chegou porque era inevitável. E foi cumprido pela minha coerência e pela autocrítica que sempre fiz a cada partida”, comentou.

Para Buffon o número em si não era tão importante quanto continuar a escalada rumo ao 36º Scudetto da história do clube mais popular da Itália. “Hoje a atenção que tinha na partida era superior, mas exclusivamente para conquistar os três pontos e sabemos como isso pode pesar nesta fase do campeonato”, continuou.

Buffon também detém a Serie A de invencibilidade mais longa de todos os tempos, como goleiro, marcando 973 minutos. 

“E queria obter uma vitória com um recorde pessoal. Agora posso me alegrar de algo que me dá tanto prazer e isso também me emociona, porque passou-se tanto tempo, com tantos sonhos e fracassos tanta coisa. Mas é belo”, acrescentou.

O jogador aproveitou para agradecer por quem o suporta para ajudá-lo chegar no mais alto nível por tanto tempo.

“Eu dedico todas as pessoas nesse ano que me apoiaram. Claro, a minha mãe, meu pai, minha irmã, mulher e meus filhos. E claro meus companheiro de squadra que me ajudar a ter sucesso a passar a jornada. Sem a ajuda deles não teria experimentado essa história intensa e bonita”, concluiu.

O goleiro de 42 anos assinou recentemente uma extensão de contrato para junho de 2021, o que significa que ele terá 43 anos e cinco meses quando expirar.

SuperGigi estreou-se na Serie A jogando pelo Parma e manteve o placar em 0 a 0 com o Milan, no dia 19 de novembro de 1995, quando tinha apenas 17 anos. Nevio Scala foi o treinador que acenou com a cabeça quando Luca Bucci não estava disponível, enquanto o adolescente lutava contra Roberto Baggio, George Weah e Zvonimir Boban.

Desde então, ele jogou contra os filhos dos ex-companheiros de equipe, Federico Chiesa e Marcus Thuram. Foi o guarda redes titular do tetra da Azzura na Copa do Mundo de 2006. No mesmo ano, ajudou a Juve sair da Série B após o escândalo de Calciopoli e fez uma campanha no Paris Saint-Germain aos 41 anos.

Em seus 647 jogos da Serie A até agora, Buffon manteve 296 golos e sofreu 524 gols. Buffon conquistou nove títulos itanos, também um recorde — sem contar os Scudetti 2004-05 e 2005-06 que foram revogados como parte de Calciopoli — cinco edições da Coppa Italia, seis Supercopa da Itália, Copa da UEFA, título da Ligue 1, Supercopa da França e campeonato da Série B.

No clube, ele atuou em 220 jogos pelo Parma (mantendo 85 sem sofrer tentos) e 25 pelo Paris Saint-Germain (com nove partidas com a baliza zerada).