Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, o futebol sofreu com a paralisação de suas atividades neste ano. De acordo com o Presidente da FIFA, Gianni Infantino, a Copa de 2022, no Catar, deverá acontecer com público, em uma resposta ao fim dos "jogos fantasmas" em um plano de médio-longo prazo.

Em entrevista à CH Media, Infantino abriu o jogo sobre seus pensamentos para o próximo Mundial, que acontecerá daqui a dois anos.

"É muito difícil essa situação, especialmente para países que dependem da nossa audiência. Só aqui na Suíça, milhares de empregos estão ligados ao futebol".

Planejamento

Após assumir o cargo do maior escalão na FIFA em meados de 2016, Infantino tem sido responsável por aplicar transparência e melhorar a reputação da entidade, fortemente ligada aos casos recentes de corrupção envolvendo o principal torneio internacional. Reduzindo os gastos para o Mundial, Giannis encurtou os US$2,2 bilhões gastos do torneio de 2014 para 1,8 bilhão na Rússia (2018).

De acordo com o Presidente, para o Catar, o plano é investir 1,5 bilhão de dólares, ao contrário dos US$2,7 bilhões que se estimava antes mesmo da sua posse.

Público

Para Gianni, os "jogos fantasmas" ainda são necessários, pois a Europa está revivendo o aumento nos casos de Covid-19, inclusive sendo apelidada de segunda onda do Coronavírus. Mas segundo o Presidente, em breve é de esperar que ao menos 2/3 do público esteja de volta, e sobre o Mundial sem torcida, ele enfatiza.

"Na Copa do Mundo estão descartados (jogos sem públicos). A Copa é disputada com espectadores, e se ao contrário do que esperado isso não for viável, a questão de jogar uma Copa do Mundo será supérflua. Neste caso, todos teríamos problemas maiores".

Sendo assim, neste cenário de indefinição extracampo, as primeiras rodadas das eliminatórias internacionais já tiveram início. Até o momento não há previsão de retorno dos torcedores por completo nos principais centros urbanos mundiais.