Considerado um dos principais nomes para a Itália voltar a ser competitiva após os últimos fracassos, o técnico Roberto Mancini pretende deixar o comando da Squadra Azzurra após a Copa do Mundo de 2022, caso a seleção se classifique ao Mundial do Qatar. O próprio treinador falou sobre o assunto no programa Tiki Taka, do canal Italia 1. A principal razão para tal saída é a vontade de Mancini de voltar a comandar equipes.

O trabalho na Seleção Italiana é espetacular. Após fazer um bom mapeamento com nomes que atuam em solo italiano e europeu, a equipe minimizou o trauma de não se classificar ao Mundial 2018 e não disputar uma Copa do Mundo após 60 anos. Durante as Eliminatórias à Eurocopa, a Itália venceu todos os jogos com tranquilidade e com bom futebol apresentado, o que leva a seleção a ser cabeça de chave no sorteio das Eliminatórias Europeias Qatar 2022. Porém, a rotina mais agitada em treinar equipes do futebol europeu ainda deixa Mancini tendencioso a deixar o atual cargo.

“Os contratos estão lá, mas eles podem ser quebrados ou estendidos a qualquer momento. Primeiro temos que nos classificar à Copa do Mundo, já que não foi tão óbvio da primeira vez. Primeiro temos a Eurocopa e a Uefa Nations League em campo. No espaço de dois anos, nós temos três competições importantes e está claro que queremos jogar todas elas. Na seleção, há menos partidas e às vezes cansa ficar em casa. Esse é o problema. É uma honra sentar no banco da Seleção Italiana, especialmente neste momento em que o time é muito competitivo e nós temos competições importantes. Certamente eu vou voltar a trabalhar em clubes”, disse.

Além de defender a Itália como jogador, Roberto Mancini atuou por Bologna, Sampdoria, Lazio e Leicester. Logo após anunciar a aposentadoria, o ex-atacante fez parte da comissão técnica da Lazio e iniciou sua jornada como técnico na Fiorentina. Em seguida, passou novamente pela Lazio, duas vezes pela Internazionale, além de Manchester City, Galatasaray e Zenit. Após a eliminação nas Eliminatórias, a FIGC contratou o contratou para reconstruir a equipe. Até o momento, o trabalho dá certo. Em 20 jogos, são 14 vitórias, quatro empates e duas derrotas.

Questionado sobre sucessores, Mancini citou nomes de alguns técnicos com ótimos trabalhos dentro e fora da Itália, além de fazer uma avaliação de seu trabalho em quase três anos à frente do time.

“Existem muitos técnicos que podem fazer isso. Massimiliano Allegri, Carlo Ancelotti e Gian Piero Gasperini, por exemplo, podem treinar a seleção italiana. Nós caímos ao 21º lugar no ranking mundial. Agora nós estamos em décimo e em sexto no ranking europeu. Nós fomos muito bem nesse um ano e meio. Felizmente nós conseguimos recuperar e penso que podemos subir mais porque a Itália merece mais. No momento, o que é importante é encontrar os jogadores jovens para a Seleção Italiana para o futuro para se misturarem em quatro ou cinco mais experientes que podem ajudá-los a crescer. Nós tivemos sorte porque nós fomos capazes de encontrar bons jogadores que queriam se impor e eles não quiseram perder a chance de uma vida. E eles agora estão continuamente melhorando”, concluiu.