A Inglaterra chega a 11 vitórias consecutivas e com vaga carimbada para a final da Eurocopa Feminina. Após ser eliminada em 1987, pela própria Suécia, as Lionesses deram o troco e golearam por 4 a 0, em Bramall Lane, Sheffield, quebrando recorde no número de gols em uma semifinal.

Quem não faz, leva!

Como era de se imaginar, as suecas trataram de fechar o meio-campo para dificultar os avanços das anfitriãs e surgiam com mais perigo à meta ofensiva. Blackstenius recebeu entre a zaga, bateu mal na entrada da área. Earps esticou a mão para evitar qualquer susto e cedeu o escanteio. Logo na sequência, a própria camisa 11 dividiu espaço com a goleira, que levou a melhor a tirar de soco. A bola ainda resvalou no travessão. 

As Lionesses, apesar de sutis, começaram a criar chances. Com mais posse de bola, a Suécia criava as melhores oportunidades, entre elas, a disputa das futuras colegas de time.  Rolfö disparou em velocidade, acabou sendo desequilibrada por Bronze ao entrar na área e finalizou pelo lado de fora da rede.

Ameaças, jogo tornando-se mais aberto, mas as oportunidades apenas são efetivas quando encontram o caminho da rede. De ponta a ponta, foi assim que a equipe de Sarina Wiegman obteve êxito. Hemp cruzou da linha de fundo. White se estica toda, mas não chegou a tempo. Bronze pegou a sobra e acionou Beth Mead com um belo lançamento. A dona da camisa 7 ajeitou de costas e realizou o giro para marcar o seu sexto gol na competição. As Blågult’s (azuis e amarelos) sentiram o baque, o nervosismo tomou um pouco de conta, sendo notório nos erros de passes, prevalecendo a soberania das mandantes.

Foto: Divulgação/Uefa
Foto: Divulgação/Uefa

Alô, Wembley!

Déjà vu, ou melhor, uma retribuição de assistência mostrou que o it's coming home está bem vivo. Mead cobrou escanteio na cabeça de Bronze. A defensora cabeceou, de longe, com maior espaço, a bola quicou e passou por todos até balançar as redes. Peter Gerhardsson não pensou muito e modificou o time. Entretanto, o ímpeto dos bons 25 minutos da etapa inicial não apareceu. 

Do outro lado, a técnica holandesa optou por colocar sua 12ª jogadora: Alessia Russo no lugar de White. Pedindo passagem, a jovem jogadora de 23 anos, em sua primeira jogada, disparou em velocidade e fez o lançamento. Hemp ficou sozinha de frente para o gol, mas acabou isolando. Numa bola parada, a Suécia tentou surpreender com Blackstenius, que desviou com o joelho. Earps se entortou para realizar uma linda defesa com uma das mãos. 

Novamente, mostrava que não concretizava quando tinha as chances. E, numa ousadia que terminou em golaço, as Lionesses mostraram sua força dentro da competição. Kirby cruzou rasteiro, Russo chutou em cima de Lindahl. A atacante dominou no rebote, e mesmo com duas marcadoras, deu um toque de calcanhar e a redonda passou entre as pernas da goleira. Praticamente com a vaga carimbada na final, as inglesas podiam mostrar mais ousadia e assim se sucedeu. Kirby recebeu em velocidade, resolveu arrematar de longe. Lindahl defendeu parcialmente a queima-roupa, não foi o suficiente e a bola encobriu a arqueira.

O que vem por aí

Voltando a disputar uma final depois de 13 anos, a Inglaterra espera a próxima seleção adversária: Alemanha ou França, que irão medir forças nesta quarta-feira (27). A final será no domingo (31), em Wembley, às 13h (de Brasília). 

VAVEL Logo
Sobre o autor