Pontapé inicial da temporada dado pela primeira rodada de LaLiga, pulsionado por 81.104 pessoas no Camp Nou, animadas por um novo Barcelona, que contava com novos reforços. A estreia não saiu como esperado. Foram dois gols anulados e a vantagem na posse de bola não resultou em um ataque promissor. Do outro lado, o Rayo Vallecano foi efetivo em sua  estratégia, criando oportunidades quando se lançava ao ataque, até gerou outro gol anulado nos acréscimos. O resultado de zero a zero é a alegria dos franjirrojos, garantindo o terceiro resultado positivo, após ter conquistado duas vitórias na temporada passada.

Domínio em vão

Não dava para separar. As questões de fora estavam envolvidas dentro de campo. O Barça conseguiu atingir o equilíbrio orçamentário e conseguiu inscrever os principais reforços para a estreia da competição. Xavi não titubeou e colocou Christensen, Raphinha e Lewandowski entre os titulares, bem como Dembélé, que renovou o contrato. Desses, o brasileiro ganhou destaque na parte inicial, principalmente, quando atuou pelo lado direito. Após troca de passes envolvente,  Lewandowski foi encontrado na área, e com toda categoria, balançou as redes ao encobrir o Dimitrievski. Porém, a bandeira deu o sinal de impedimento.

Com mais posse de bola, era de se esperar outro, no caso, válido. Algo que não ocorreu. Raphinha continuava sendo bastante acionado, tentava mostrar serviço de inúmeras maneiras. Em uma ocasião, ele foi aberto na direita, Lewandowski pediu, mas o atacante rolou para Dembélé na entrada da área, que chutou em cima da marcação. Visando enganar a marcação, Raphinha e Dembélé trocaram de lado. O brasileiro foi para a esquerda, enquanto o francês passou a atuar no lado direito. A mudança não foi positiva. O primeiro caiu de rendimento e o segundo apareceu com um passe de Gavi. O camisa 7 puxou para a esquerda e bateu fraco, de forma rasteira. Dimitrievski defendeu sem problemas

Apesar dos 69% de posse de bola, o time blaugrana não era efetivo em ocasionar chances de perigo. Os espaços eram gerados, mas faltava aquele capricho no final. A situação favoreceu para o Rayo uma belíssima oportunidade na reta final do primeiro tempo. Álvaro García disparou em velocidade, entortou Araújo, que ficou desnorteado e ficou no chão. Ele saiu cara a cara com Ter Stegen e chutou cruzado. O goleiro alemão evitou o gol. 

Foto: Divulgação/Barcelona
Foto: Divulgação/Barcelona

Empate com gosto amargo para uns e saboroso para outros

O time franjirrojo quase fez valer o seu apelido de Matagigantes na volta do intervalo. Após erro da defesa adversária, Camello recebeu na área, se livrando da marcação de Eric García. Christensen tocou por baixo, mas facilitou para o atacante tentar driblar Ter Stegen e tocar por cobertura. A bola acabou saindo pela linha de fundo. Apesar do susto, os Culés seguiam na busca de estufar as redes. Raphinha chutou forte da ponta. A bola desviou em Catena e explodiu nas costas de Lewandowski. O polonês reagiu rapidamente para escorar, disputou com Dimitrievski, que tentou segurar desesperadamente. No fim, o goleiro levou a melhor. Não apenas nesses lances, da mesma maneira dos que estavam por vir, nos arremates de Ansu Fati e Busquets. Luva queimada de forma bem sucedida. 

O Barcelona tentava dar alegria ao lotado Camp Nou, contudo, não sabia aproveitar a posse de bola. Lewandowski, o dono da camisa 9, ficava isolado e precisava disputar para conseguir alguma coisa. Foi através de seu lançamento que a redonda, por fim, quase daria euforia aos torcedores. Seria. Se não fosse um zagueiro no meio do caminho. Após fazer boa jogada individual pelo lado do campo, ele levantou para Aubameyang, que ainda teve tempo de dominar e chutar cruzado. Dimitrievski se esticou todo, mas foi Catena que evitou o gol quase em cima da linha. O Rayo tinha grande mérito de segurar o adversário. Quando não contava com novo impedimento, dessa vez de Kessié, para mais um gol anulado.

Os comandados de Iraola resistiram, mas sabiam cair em seu campo ofensivo. As suas chegadas ao ataque culminaram na expulsão de Busquets, pelo segundo amarelo seguido, e quase o raio cairia, novamente, no mesmo lugar. Ciss não conseguiu finalizar, Salvi recompensou na sequência. Ter Stegen salvou com uma das mãos. Falcao escorou no rebote, mas estava impedido. O dia não era para a redonda entrar. Estava mais para o time de Vallecas evitar o resultado positivo dos blaugranas, pelo terceiro jogo consecutivo na liga.

O que vem por aí

Na próxima sexta-feira (19), o Rayo Vallecano volta a jogar na Catalunha, mas dessa vez encara o Espanyol, no Cornellà-El Prat, às 15h (de Brasília).  Já o Barcelona visita a Real Sociedad, no domingo (21), às 17h (de Brasília), no Anoeta.