Pela quarta vez em sua história, a Nova Zelândia disputará a Copa das Confederações. Após a surpreendente ausência em 2013, o país da Oceania está de volta à competição teste visando o Mundial do ano que vem. Em um grupo complicado, os All Whites sabem que são os azarões e que vão lutar para pelo menos pontuar nesta edição.

Pentacampeão da Copa das Nações da OFC, a Nova Zelândia está no grupo A com a anfitriã Rússia, a campeã europeia Portugual e o México. A estreia será dia 17 de junho diante dos donos da casa, no Krestovsky Stadium. Na segunda rodada, o adversário será o México dia 21. Portugal será o rival na última rodada da fase de grupos. Diante dos adversários, a NZL é vista como o fiel da balança, como o saldo de gols para um desempate.

A primeira participação da Nova Zelândia na competição foi em 1999. Naquele ano, perderam as três partidas para Estados Unidos, Alemanha e Brasil. Em 2003, na França, o país também saiu zerado. Derrotas para os Bleus, Japão e Colômbia. Na edição da África do Sul, os neozelandeses perderam para a Espanha e para o time da casa, mas empataram com o Iraque em 0 a 0. Em três participações anteriores, só anotaram dois tentos.

Escalação

Destaque

Smeltz (dir.) Foto: Hagen Hopkins/Getty Images

Shane Edward Smeltz tem 35 anos e muita rodagem pelo futebol. Desde 2003 na Seleção, o atacante tem 51 jogos e 24 tentos anotados pelos All Whites. O jogador foi convocado para a Copa das Confederações de 2009. Na Copa da África ele anotou um gol contra a Itália no empate em 1 a 1. Além disso, jogou as Olimpíadas de 2012. Atualmente joga pelo Borneo FC, da Indonésia.

Fique de Olho

Foto: Anthony Au-Yeung/Getty Images

Christopher Grant Wood é o nome da fera que pode ajudar o país a ter um desempenho digno na Copa das Confederações. Wood tem apenas 25 anos, é natural de Auckland e se destaca pelo seu porte físico, 1.91m. Mesmo com a pouca idade, o atacante já rodou por muitos clubes. Enquanto esteve vinculado ao West Bromwich Albion, foram seis empréstimos. Entre 2013 e 2015 jogou pelo Leicester City. Passou pelo Ipswich Town e hoje atua pelo Leeds United.

Sua estreia pela Seleção aconteceu com apenas 18 anos, em 2009. De lá para cá, foram 47 jogos e 19 gols pelo time nacional. Ele será o capitão na ausência de Winston Reid, com uma lesão no joelho.

Técnico

Foto: Anthony Au-Yeung/Getty Images

Com apenas 36 anos, Anthony Hudson está à frente da Seleção da Nova Zelândia desde 2014. O estadunidense teve uma carreira curta: começou no time B do West Ham, foi emprestado ao Luton Town, jogou pelo NEC Nijmegen e encerrou a carreira em 2008 no modesto Wilmington Hammerheads, dos Estados Unidos. Ele é filho de Alan Hudson, ex-atleta do Chelsea. O grande limitador para o técnico é o pouco calendário da seleção neozelandesa. Em 2016 foram apenas nove jogos, muito por conta da Copa das Nações da OFC. Nesta temporada, apenas dois confrontos, vitórias contra Fiji pelas Eliminatórias.

Estou animado e silenciosamente otimista sobre nossas chances na Rússia. Eu sinto que vamos para este torneio em uma posição muito forte. Estamos focados na tarefa em mãos, não vamos nos deixar levar com quem estamos jogando, sabemos que são equipes de topo, mas somos uma equipe forte e estamos indo lá focado em nossos trabalhos e na tarefa. Vai ser um torneio emocionante”, disse o técnico.

O caminho até a competição

A Copa das Nações da Oceania aconteceu ano passado em Papua Nova Guiné. Com a Austrália mudando de confederação, um certo equilíbrio passou a predominar nos últimos anos por aqueles lados. Na primeira fase, a NZL venceu Fiji por 3 a 1, Vanuatu por 5 a 0 e bateu as Ilhas Salomão por 1 a 0. Na semifinal teve dificuldade para eliminar a Nova Caledônia pelo placar mínimo. Na final, diante dos donos da casa, empataram em 0 a 0. A decisão foi para a marcar da cal: 4 x 2 e quinto título. Chris Wood marcou quatro gols. Stefan Marinovic recebeu o prêmio de melhor goleiro.