As Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de 2018 viram sua primeira fase ter sua última rodada nessa terça-feira (11). Com isso, os primeiros colocados de cada grupo, que garantiram vaga diretamente no Mundial da Rússia, já estão definidos. E algumas histórias entram para as melhores do futebol. As seleções classificadas variam entre a Alemanha, tetracampeã mundial, e a Islândia, que vai disputar a competição pela primeira vez.

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Ao todo, são quatro campeãs mundiais que já garantiram vaga na Copa: França, Alemanha, Inglaterra e Espanha. As outras cinco vagas se dividiram entre Portugal, que venceu a última edição da Eurocopa, Sérvia, Polônia, Bélgica e Islândia. Para deixar o leitor mais informado, a VAVEL Brasil traçou uma análise de todos que já têm passagem garantida para a Rússia, no ano que vem.

Grupo A: França

Certamente uma das grandes favoritas ao título da próxima Copa do Mundo. Contando com uma geração talentosíssima, comandada por nomes como Antoine Griezmann e Paul Pogba, 'Les Bleus' foram à Copa do Mundo sem muita dificuldade. Apesar de derrota para a Suécia e tropeços contra as fracas seleções da Bielorrússia e de Luxemburgo, o time comandado por Didier Deschamps reinou soberano no Grupo A.

A expectativa para os franceses não poderia ser melhor. Depois do vice-campeonato da Euro 2016, a seleção pode sonhar com uma boa campanha, chegando nas fases mais avançadas do Mundial da Rússia. Uma equipe que conta com nomes como Hugo Lloris, Raphäel Varane, N'Golo Kanté, além da revelação Kylian Mbappé, deve ser observado por todos os adversários, ainda que não tenha tido números absurdos nas Eliminatórias (sete vitórias, com 18 gols marcados e seis sofridos).

Foto: Catherine Steenkeste/Getty Images
Foto: Catherine Steenkeste/Getty Images

Grupo B: Portugal

Os atuais campeões da Eurocopa não tiveram vida fácil para ir à Rússia. Apesar de terem enfrentado um dos grupos mais tranquilos das Eliminatórias, tiveram de brigar até a última rodada com uma Suíça pragmática, que venceu todos os jogos, menos o mais decisivo de todos. No Estádio da Luz, os Lusos venceram por 2 a 0, com gols de Johann Djourou (contra) e André Silva, para selarem seu destino, garantindo a vaga por conta do melhor saldo de gols.

Com uma Seleção bastante jovem, os portugueses terão tarefa complicada no Mundial. Liderados por Cristiano Ronaldo, que pode disputar sua última Copa do Mundo no próximo ano, contam com a boa fase de garotos como o próprio André Silva, Raphaël Guerreiro e Bernado Silva, aliada à experiência de CR7, Quaresma, Pepe e Rui Patrício, já mais consagrados. Merecem atenção, principalmente após vencerem a Euro, mesmo desacreditados.

Foto: Getty Images
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Grupo C: Alemanha

Dominante. É isso que se pode dizer da performance dos atuais campeões do mundo nas Eliminatórias. Ao todo, foram dez jogos, dez vitórias e 43 gols marcados, com apenas quatro sofridos. Os alemães não deram chance à nenhum tipo de zebra e conquistaram a vaga da maneira mais tranquila possível, ainda que passando por certo processo de renovação. Quase como num brinde, ainda foram campeões da Copa das Confederações, mesmo sem suas principais estrelas.

A Die Maanschaft é mais uma a integrar a lista de favoritas ao título, depois de levantar o caneco no Brasil. Sem o capitão Lahm, a Alemanha ainda tem nomes como Manuel Neuer, Toni Kroos e Jerôme Boateng, além de jovens como Timo Werner, que vem voando, com seis gols em seus oito jogos pela Seleção principal, e Leon Goretzka, destaque do Schalke 04.

Foto: Getty Images
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Grupo D: Sérvia

Depois de se ausentar da maior competição de seleções do planeta em 2014, os sérvios voltaram à Copa do Mundo ao bater adversários como Irlanda, País de Gales e Áustria em seu grupo. A Sérvia não tem grandes nomes de destaque, mas contando com jogadores bastante experientes, como Kolarov, que parece reencontrar sua melhor forma na Roma, e Ivanovic, ex-Chelsea, tenta realizar uma campanha sólida na Rússia.

Nas Eliminatórias, apenas uma derrota, para a Áustria, já na penúltima rodada, quando a classificação estava bem encaminhada. A equipe encerrou sua participação na fase de qualificação com 20 gols marcados e dez sofridos, evitando a repescagem.

Foto: Srdjan Stevanovic/Getty Images
Foto: Srdjan Stevanovic/Getty Images

Grupo E: Polônia

Seria a melhor geração polonesa de todos os tempos? É difícil afirmar isso quando o país já obteve dois terceiros lugares em Copas do Mundo com Majewski, Lato e Boniek, em 1974 e 1982. Ainda assim, o time comandado por Robert Lewandowski, com participação especial de Krychowiak, recuperando o bom futebol no West Bromwich, Piszczek e Szczesny, pode surpreender.

Contra Dinamarca, Montenegro, Romênia, Armênia e Cazaquistão, os poloneses não tiveram problemas para garantir a vaga direta, tendo Lewandowski como artilheiro da competição, marcando 16 gols. A depender do sorteio, é uma equipe que pode trazer problemas até mesmo às maiores do mundo, contando com um excelente centroavante, além de peças importantes na defesa e no meio-campo, como Glik e Zielinski.

Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Grupo F: Inglaterra

O English Team foi mais uma das grandes seleções europeias que não teve dificuldades para vencer seu grupo nas Eliminatórias. Aliás, foi a única do Grupo F a se classificar para o Mundial, já que a Eslováquia, segunda colocada, ficou de fora da repescagem por ter a pior pontuação entre os times que ocuparam esse posto.

Invicta e sofrendo apenas três gols, a Inglaterra passa por um claro processo de renovação: apenas três jogadores da última convocação têm acima de 30 anos (Joe Hart, Gary Cahill e Jermain Defoe). Contando com Harry Kane e Dele Alli, que vivem grande fase nos Spurs, a missão inglesa se torna complicada quando a maior parte de seus atletas nunca viveu a experiência de uma Copa do Mundo. Mas as novas caras podem servir para apagar o vexame do Mundial no Brasil, quando os campeões de 1966 deixaram o país com apenas um ponto, sendo lanternas do grupo que tinha Uruguai, Costa Rica e Itália.

Foto: Mike Hewitt/Getty Images
Foto: Mike Hewitt/Getty Images

Grupo G: Espanha

O bom futebol da Furia, que encantou o mundo antes dos vexames da Copa de 2014 e da fraca campanha na Euro 2016, parece ter voltado. Sem peças importantes no título mundial de 2010, os espanhóis voltam à carga renovados, com Julen Lopetegui comandando um time mais novo, mas igualmente talentoso.

Integrando o capitão Sergio Ramos com grandes nomes da nova geração, como Isco, Asensio, Álvaro Morata e Saúl Ñíguez, a Espanha teve um empate contra a Itália, ainda no ano passado, e venceu todas as outras partidas das Eliminatórias. Com 36 gols marcados, foram o terceiro melhor ataque da competição, atrás apenas de Bélgica e Alemanha (43). As cenas do Mundial no Brasil, quando caíram na primeira fase, vencendo apenas a Austrália e sendo massacrados pela Holanda, não devem se repetir e os espanhóis têm chances razoáveis de realizar boa campanha na Rússia.

Grupo H: Bélgica

A ótima geração belga parece ter vindo para ficar mesmo. Em 2014, acabaram eliminados pela Argentina, vice-campeã daquela Copa, nas quartas de final. Talvez o ciclo para o Mundial da Rússia tenha amadurecido a equipe, que também se enquadra como uma das melhores a garantir vaga na competição. 

Romelu Lukaku e Dries Mertens vivem fase excepcional por Manchester United e Napoli, respectivamente, e também ajudam a enriquecer o plantel de uma seleção que passou invicta pelas Eliminatórias. Fora um empate contra a Grécia, foram nove vitórias e 43 gols marcados. O espanhol Roberto Martínez é o responsável por comandar essa constelação de jovens talentosos.

Foto: John Thys/Getty Images
Foto: John Thys/Getty Images

Grupo I: Islândia

Por último, mas não menos importante: uma das melhores histórias que o futebol já nos proporcionou. Depois de se tornar a sensação da Euro 2016, principalmente por conta da comemoração junto à sua torcida, os islandeses conquistaram o direito de ir à Copa do Mundo pela primeira vez em sua história. De quebra, se tornaram o menor país (em termos de habitantes) a conseguir a vaga.

De certo, o maior nome do time é Gylfi Sigurdsson, destaque do Swansea City que se transferiu ao Everton nesta temporada, juntamente com Gudmundsson e Aron Gunnarsson. Embora não tenham estrelas, formam um time bastante encaixado, que desbancou a favorita Croácia, de Luka Modric e Mario Mandzukic, para ir diretamente à Rússia. Na última Euro, surpreenderam Portugal, na fase de grupos, e eliminaram a Inglaterra nas oitavas de final. Um feito deste tamanho em sua estreia só aumentaria a história já bonita dos islandeses.

Foto: Haraldur Gudjonsson/AFP/Getty Images
Foto: Haraldur Gudjonsson/AFP/Getty Images