Nesse sábado (18), caiu um tabu de muito tempo na Rhein-Neckar-Arena: o Hoffenheim jamais havia vencido o Bayer Leverkusen jogando em seu próprio estádio, no entanto, hoje, os deuses do futebol pareceram favorecer a equipe. O surpreendente time local faz sua segunda melhor campanha em nove anos de Bundesliga, estando no quarto lugar e apenas a um ponto atrás do Borussia Dortmund. Enquanto isso, o Leverkusen, já eliminado da Liga dos Campeões e da Copa da Alemanha, tenta salvar sua temporada conseguindo uma vaga no maior torneio continental do mundo: entretanto, é difícil, visto que eles se encontram em décimo lugar na colocação geral e estão a catorze pontos do próprio Hoffenheim.

Liderados por Julian Brandt, Leverkusen cria, mas não transforma chances em gols

O primeiro tempo foi parelho, no entanto, a dominação ofensiva pendeu mais parao lado do Bayer. Mesmo com a primeira chance tendo sido de Sandro Wagner no primeiro minuto e o time local ter ficado extremamente em cima -- eles pareciam apenas cercar, sem transformar em chances concretas. Bellarabi, aos quatro minutos, chutou contra a meta de Baumann, fora da área, e levou muito perigo. Um minuto depois, Demirbay fez o mesmo, sendo que quem estava debaixo das traves era Bernd Leno, o ''12'' dos ''aspirina''.

O meia-ofensivo cobiçado pelo gigante Bayern de Munique, Julian Brandt, criou uma chance -- chutou para o gol no nono minuto, mas Baumann, o melhor jogador dos donos da casa na primeira etapa, pegou. Aos 10', Bellarabi chutou fraco, e o goleiro defendeu sem grandes dificuldades. Após cruzamento de Hilbert, o suiço Mehmedi cabeceou perigosamente para cima do travessão.

Apenas seis minutos depois da tentativa do suiço que a equipe de Leverkusen voltou a atacar, e com os mesmos personagens: Brandt fez uma linda jogada, Hilbert cruzou da direita e Mehmedi cabeceou. A essa altura, Hoffenheim e Bayer protagonizavam um belo jogo com chances para ambos os lados, por mais que o time do Reno finalizasse mais.

Aos 22', Bellarabi perdeu uma ótima chance de abrir o placar para os ''aspirinas'', ele chutou para o gol, mas a bola acabou sendo desviada por Bikakcic. Tal jogada resultou num escanteio que acabou quase, novamente, num gol do Bayer: Kevin Kampl fez fila na grande área e chutou com desvio, a bola quase entrou, mas Oliver Baumann salvou com a ponta dos dedos. 

O Hoffenheim apenas voltou a ameaçar Leno no trigésimo terceiro minuto: Bikakcic cabeceou, mas Bernd defendeu sem grandes problemas, visto que a bola foi parar no centro do gol. Aos 36', Sandro Wagner, o artilheiro, girou dentro da área e chutou, obrigando o goleiro convocado por Joachin Löw para a ''Mannschaft'' a fazer uma boa defesa. 

Julian Brandt foi, com certeza, o melhor jogador do Bayer Leverkusen nos primeiros quarenta e cinco minutos. Esse foi o motor do ataque, sempre dando bons passes e criando boas jogadas, o que justifica o interesse dos atuais campeões da Alemanha no mesmo. Julian deu uma boa enfiada para Karim Bellarabi, que enfiou o pé direito na bola e obrigou Baumann a salvar a equipe de casa novamente.

Em contra-ataque do Hoffenheim aos 44', Szalai chutou para o gol, mas Leno fez uma bela defesa, de longe a sua melhor no jogo inteiro. Leverkusen, de fato, criou muito, mas não conseguiu converter suas finalizações em gols, o que acabou culminando no trágico fim para a equipe de Norte-Renânia Vestfália.

Segundo tempo não foi intenso, e Hoffenheim acabou por desempatar o placar

Szalai, aos 52', deu cabeçada perigosa que passou por cima do gol. O segundo tempo não teve metade da intensidade do primeiro, e muito se deve pela ''freada'' do Leverkusen - esse não criou muitas chances.

O desempate veio aos 61', finalmente veio o desempate: Sandro Wagner chutou após cruzamento de Zuber, e a bola teria ido para fora se Bernd Leno acabou resvalando com as pernas na bola e essa acabou entrando, com efeito e choramingando, para dentro da meta.

As entradas de Chicharito, Leon Bailey e Kießling pareceram dar um novo gás ao Leverkusen: a velocidade imposta pelo jamaicano era grande, mas, infelizmente, ele não conseguiu tirar o zero do lado da sigla do Bayer. 

Bikakcic, aos 76', cabeceou no contra-pé do goleiro Leno, e quase marcou o segundo do Hoffenheim. Até os 90'+2, foi como se o jogo estivesse morto: a equipe local não tinha pressa, e o Leverkusen diminuiu muito o ritmo. Nesse exato momento, Chicharito desperdiçou a última chance do embate, isolando a bola como se estivesse num campo de futebol americano.

Devido à vitória do Hoffenheim, a chance de ir para a Liga dos Campeões está cada vez mais distante do Bayer, que, agora, se encontra a 14 pontos do quarto colocado, o próprio time que venceu o embate. Enquanto isso, os donos da casa continuam surpreendendo em sua melhor campanha em nove anos de Bundesliga, liderados por seu jovem técnico, Julian Nagelsmann.