Os Potros, como o Borussia Mönchengladbach é notoriamente conhecido, devido a quase sempre existência de um time jovem, agressivo e de bom futebol, vem, ao longo dos últimos anos, perdendo sua principal característica: revelar jogadores.

Desde 2012, por exemplo, quando Lucien Favre lançou o jovem Julian Korb, recentemente negociado com o Hannover, os Foals pouco aproveitaram sua categoria de base – altamente reconhecida por revelar jovens talentos. Nos dois anos subsequentes, por exemplo, nenhum jogador do clube conseguiu atingir o elenco profissional até a estreia de Mahmoud Dahoud, na temporada 2014-2015, em jogo da Uefa Europa League diante do FK Saravejo. Dahoud, inclusive, é mais um jogador a deixar os Potros, rumo ao Borussia Dortmund.

Logo depois de Dahoud, o meio-campista Marvin Schulz foi o próximo jogador a receber uma oportunidade, no início da temporada 15-16, em jogo da DFB Pokal, diante do St. Paulo. Depois disso, no entanto, Schulz praticamente não teve oportunidades – vale salientar que o jovem passou toda a temporada passada longe dos gramados, lutando contra problemas físicos.

Na última temporada o atacante Ba-Muaka Simakala realizou sua estreia diante do Darmstadt, fora de casa, por apenas dez minutos. Com bom desempenho na equipe sub-17, Simakala não conseguiu se estabelecer como titular na última temporada, dessa vez defendendo a equipe sub-23 dos Potros.

Com a saída de Korb e Dahoud, o único jogador das camadas jovens do Borussia é Patrick Herrmann, que está próximo de atingir 200 partidas com a camisa do clube em jogos da Bundesliga. Simakala, anteriormente citado, dificilmente terá algum espaço na próxima temporada, assim como Nils Rütten, que desfrutou a chance de figurar entre os reservas no confronto da Champions League diante do Celtic.

A prospecção de jovens valores vem dando certo para o Gladbach recentemente (Elvedi, Doucouré, Bénes), assim como a chegada do novo reforço Mickäel Cuisance, de apenas 17 anos, todavia, a filosofia e característica histórica do clube vem sendo deixada de lado ao longo dos últimos anos. Algo para se refletir.