Nesta sexta-feira (24), Alemanha e França se enfrentam em amistoso das seleções de futebol feminino, às 13h55 (horário de Brasília), na Schüco Arena em Bielefeld, cidade alemã do estado da Renânia do Norte-Vestfália. O encontro é importante para ambas as equipes que estão em transição e renovação de elenco.

A seleção alemã deverá continuar a fazer testes e se preparar melhor para as eliminatórias da Copa do Mundo da França 2019, além de conhecer melhor a anfitriã do torneio e também finalizar as atividades de 2017 com a esta partida.

Já para seleção francesa, o confronto serve para se preparar desde já para a Copa visto que não participa das eliminatórias por sediar o torneio. Além desta partida contra as alemãs, as francesas ainda jogarão contra a Suécia no dia 27, finalizando o ano.

Alemanha desfalcada

A treinadora Steffi Jones entra para a partida com nove desfalques e só contará com 20 jogadoras para a partida contra a França. Estão fora do jogo Sara Däbritz, Kristin Demann e Simone Laudehr (Bayern de Munique), Lina Magull, Hasret Kayikci e Carolin Simon (Freiburg), Pauline Bremer (Manchester City) e Sara Doorsoun (SGS Essen). A última baixa confirmada nesta semana é da meio campista Melanie Leupolz, do Bayern de Munique, que sentiu problemas musculares na coxa direita.

Contudo, a treinadora conta com o retorno da lateral direita Bianca Schmidt, que está atualmente o Turbine Potsdam, além de ter no elenco as novatas Giulia Gwinn, jovem atacante do Freiburg e um dos destaques do atual líder da Frauen Bundesliga, e Jana Feldkamp, meio campista do SGS Essen.

Sobre as novidades e mudanças para o jogo contra a França, Jones afirmou o processo de mudança contínua: “As jogadoras que enfrentam a França têm nossa total confiança. Temos um fio condutor, as jogadoras mais novas são rapidamente integradas. Isso é visível, elas podem crescer e amadurecerem aqui. É uma mudança contínua, ainda estamos nesse processo de desenvolvimento. Este é um processo bonito porque você está sempre descobrindo jogadoras que se tornam líderes. Agora, temos que trazê-las para nosso entorno".

A respeito do potencial de melhorias, a técnica disse: “Devemos melhorar a defesa, melhorar os confrontos diretos, em princípio, otimizar o comportamento defensivo. Lembrarmos das virtudes alemãs. Então, também podemos deixar a nossa selvagem criatividade funcionar”.

E sobre as oponentes, Jones falou sobre a força francesa: "A França é uma equipe que joga futebol muito bem e gosta de posse de bola. Nós escolhemos esse oponente forte porque queremos competir com ele. A França tem uma alta qualidade na equipe, que estamos ansiosas para enfrentá-las".

França passa por renovações e se prepara para a Copa do Mundo

A equipe francesa passou por mudança recente de comando e desde setembro deste ano a nova técnica é Corinne Diacre, ex jogadora que encerrou a carreira em 2007 no ASJ Soyaux e atuava como zagueira. Tendo em vista a próxima Copa do Mundo sediada na França em 2019, a seleção passa por grandes renovações com a vinda da treinadora e tem o foco voltado para a preparação para o torneio.

Este será o penúltimo jogo da equipe neste ano, visando continuar enfrentando equipes fortes como Alemanha e Suécia para formar a equipe e se manter no topo do ranking mundial. Para estas duas partidas, a treinadora espera que os confrontos possibilitem a continuidade da construção do elenco: “A Alemanha ainda possui o monopólio na Europa. Estes são dois confrontos muito interessantes que me permitirão ver as coisas. A ideia é continuar a construir um grupo, uma equipe, ver coisas positivas e negativas, colocar o plano de trabalho no lugar”.

Sobre as renovações, Diacre está com as portas abertas da seleção para testar novas jogadoras: “As jogadoras que estão aqui hoje, eu não sei se estarão aqui amanhã. Tudo dependerá do desempenho no clube. A verdade de um dia não é a de amanhã. Precisam fazer o máximo em seus clubes. Algumas deixaram a seleção neste estágio, mas a porta não está fechada para elas. Algumas tiveram oportunidades nos dois primeiros encontros, eu senti que elas não tinham cumprido plenamente os objetivos. Mas não exclui ninguém. O primeiro objetivo é construir a melhor equipe com os elementos em forma do momento".

A respeito dos resultados nos amistosos e o risco de uma rotulação de “campeãs do mundo dos amistosos”, a treinadora diz que o mais importante é como vencem: "Os resultados são importantes, a maneira como obteremos os resultados será importante. Se eu puder ganhar a Alemanha e a Suécia, não vou me negar com o pretexto de que vão dizer que somos as campeãs do mundo dos jogos amistosos. É sempre bom para o grupo ganhar. Mas a Alemanha e a Suécia não nos deixarão ganhar facilmente".