Marco Reus é um dos meias mais talentosos que surgiu no século XXI. Entretanto, suas lesões estão acompanhadas nos últimos anos. Tanto que a ruptura de ligamentos ocasionou no corte do jogador no Mundial em 2014, quando a Alemanha conquistou o tetracampeonato no Brasil. Várias lesões nesse período e nos anos à frente comprometeram seu desempenho em campo. Na atual temporada, Reus não jogava desde a final da Copa da Alemanha, disputada no último mês de maio. Novo procedimento cirúrgico deixou o meia ausente dos 259 dias no departamento médico.

Com 28 anos de idade, Marco Reus marcou dois gols nos cinco jogos que disputou na temporada, ocorridos neste mês de fevereiro. Esse período, segundo o jogador do Borussia Dortmund, foi necessário para mudar alguns pontos de vista que tinha em sentido pessoal e profissional, conforme destacou em entrevista.

“Eu quase não chutei uma bola por sete meses. O sentimento no meu retorno foi difícil de descrever. Além da minha lesão de espinha dorsal em 2016, eu nunca estive fora por tanto tempo. Para estar de volta ao time, preparação do jogo, hotel, viagem até o estádio – foram as coisas que mais perdi. Estou muito agradecido por ter tudo isso de volta”, disse.

Marco Reus falou sobre os lamentos por tantas lesões nos últimos anos e de onde tirou forças para se reabilitar e evitar desânimo com a série de problemas físicos. “Eu tive que suportar muitos contratempos. Isso faz parte da vida. No entanto, eu sempre tento dar tudo a cada temporada, estar saudável e me recuperar. Quanto mais velho você fica, mais responsabilidade você tem que cuidar de si mesmo. Você conhece seu corpo melhor o tempo todo. Preciso disso na minha situação para jogar bem. Eu só posso executar o nível que espero de mim mesmo se eu ficar apto durante vários meses ou mesmo um ou dois anos. Em geral, penso positivamente. No início, foi muito difícil: quando a temporada começou, eu estava muito longe de poder pensar em treinamento de equipe porque eu comecei a correr de novo no final da reabilitação. A lesão foi complicada. Mas eu sempre soube que chegaria o momento que as coisas mudariam para melhor. Minha família, minha namorada e amigos também ajudaram. Eu fiz coisas novas”, falou.

Foto: sampics/Getty Images

Pouco mais de três meses para o início da Copa do Mundo, Marco Reus evidentemente pensa estar na lista de convocados para disputar seu primeiro mundial. Além de comentar sobre suas expectativas, o craque do Borussia Dortmund falou também sobre as chances da Alemanha conquistar o pentacampeonato e empatar na lista de maiores vencedores ao lado do Brasil.

“Eu estaria mentindo se eu dissesse que não pensei na Copa do Mundo e realmente queria estar lá. Mas nunca fui uma pessoa que planeje com três ou quatro objetivos concretos. Está tudo na parte de trás da minha cabeça, porque é importante se concentrar. Não vou deixar um segredo do fato de ser um grande objetivo meu estar lá. Eu sei que tenho boa chance se eu estiver jogando bem. Há muitas nações extremamente boas envolvidas. Acho que a qualidade é melhor do que em 2014. Espero que os jogos sejam mais apertados porque muitos times melhoraram e mudaram seu jogo. Vai descer aos pequenos detalhes, mas todos sabem que a Alemanha é sempre uma força a ser reconhecida no torneio de futebol. Teremos que estar 100% para repetir o sucesso de 2014”, explicou.

Em conclusão, Marco Reus falou sobre sua vida e o que pensa daqui para frente, em questões alheias ao futebol e o que pretende fazer depois que a carreira ser encerrada. “Vida em geral, ter uma família, filhos – esse é o sonho. Há uma vida após a carreira e também uma ao lado do futebol quando você ainda está jogando. Na minha idade, é importante saber que há vida após os dias de jogo. Você deve se dedicar a algo suficientemente cedo, para que não esteja aí o que poderia ter sido quando parar. Esses pensamentos vêm facilmente quando fica fora por muito tempo como fiquei. Eu pensei muito. Não posso dizer mais nada, mas tenho algumas coisas em mente. Claro, o futebol é meu trabalho, ele coloca dinheiro na mesa. Mas como eu disse, há coisas mais importantes”, finalizou.