A temporada 2015/2016 do futebol europeu chega ao seu final com o duelo máximo pela glória mais importante do continente. Nesta tarde de sábado (28), Atlético de Madrid e Real Madrid se encaram pela segunda vez na decisão da Uefa Champions League com o clima de clássico da capital espanhola ditando o ritmo de Milão, na Itália.

O multi milionário time merengue quer a 'Undécima', o 11º título europeu, enquanto os colchoneros querem a primeira conquista, tendo um gosto mais especial, por ser contra o maior inimigo e vingando o feito de 2014, quando o time sofreu o empate no último lance e virada na prorrogação.

Mas falando das equipes, o Real pouco mudou, enquanto o Atléti teve mudanças, deixando o time mais ofensivo, mas com a mesma pegada que dita os times de Diego Simeone. Mas uma peça no time merengue e um setor do time colchonero pode decidir os rumos da partida. Trata-se do duelo de volantes.

De um lado, Casemiro e a importância de carregar o piano num setor que a qualidade de jogo é enorme. Encarregado de fazer o trabalho sujo, de marcar e sair jogando, dá suporte a Modric e é um dos destaques nessa temporada. 

Na busca do inédito título, o Atléti conta com um trio de meias com diferentes características, mas que fazem funções parecidas e tem extrema importância dentro da tática de Diego Simeone. Sempre com muita pegada, raça, recomposição e ocupação de espaços, o Atlético conta com Gabi, Saúl e Augusto Fernandez para vencer a batalha de meio campo.

Casemiro vale por três?

O volante brasileiro é o menos técnico e badalado na constelação madridista. Ao lado de Modric e Kroos, Casemiro tem a função mais de marcar, ficar na frente da zaga, mas também tem a missão de sair jogando, aparecer como surpresa na frente e dar suporte aos companheiros.

Capitão do time, Gabi tem função parecida, mas não sobe tanto ao ataque e, pela idade, não esbanja tanta saúde para subir e descer. É aí que surge Augusto, segundo volante que faz a função de chegada ao ataque, organização e faz a primeira marcação no meio campo. Sem tanta habilidade, mas com a mesma raça de toda a equipe restante, costuma deixar seus gols.

Mas nenhum deles chama tanta atenção quanto Saúl. Retornando de empréstimo, onde atuou até de zagueiro, o meia viu sua carreira decolar nesta temporada e o auge dela foi num momento importante. Na primeira partida contra o Bayern de Munique, pela semifinal, o jogador mostrou as credenciais ao receber na intermediária, sair fazendo fila e marcando um golaço diante de sua torcida. 

Nesta decisão, cada um dos colchoneros fazem um pouco de Casemiro. Seja por idade, qualidade técnica ou função em campo, a importância do brasileiro dentro do setor vital da equipe seja um problema quando encontrar seus rivais. O pulmão merengue talvez seja invisível aos olhos de quem enxerga o trio BBC, mas nunca podemos subjulgar os gladiores de Simeone, guerreiros sem tanta técnica, mas com raça e vontade de sobra.

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Sobre o autor
Diego Luz
De video game à política. Lendo tudo,ouvindo bastante e vivendo com base naquilo que acho certo. Muito prazer.