Pela UEFA Europa League, o Athletic Bilbao recebeu o APOEL no San Mamés para a partida de ida dos 16 avos de final e abriu boa vantagem no confronto. Apesar das inúmeras chances perdidas, os bascos fizeram 3 a 2 no confronto, gols de Merkis (contra), Aduriz e Williams, com Efrem e Gianniotas descontando, e decidirão a vaga no Chipre podendo empatar para se classificar.

Antes do confronto de volta, o APOEL recebe o Limassol pelo Campeonato do Chipre, na segunda-feira (20) enquanto o Athletic visita o Valencia, no domingo (19), pelo Campeonato Espanhol.

Pressão, susto e chances desperdiçadas

No intuito de aproveitar o fato de estar jogando em casa e querendo se impor no jogo, o Athletic começou o jogo utilizando muito as jogadas em velocidade pelas pontas. Muniaín e Williams eram constantemente utilizados e os cruzamentos saíam com frequência. A pressão se caracterizou logo aos 5 minutos, após cobrança de escanteio, De Marcos, Balenziaga e Williams finalizaram, mas a zaga do APOEL apareceu muito bem para bloquear os chutes.

Aos 14’ foi a vez de Raul Garcia tentar, o meia espanhol recebeu na entrada da área e bateu forte, o goleiro Waterman teve reflexo para espalmar pra cima e defender na sequência. Quatro minutos depois, Muniaín desperdiçou grande chance após nova jogada aérea, bola de Iturraspe e cabeçada pra fora, muito perto do travessão.

O grande destaque da partida pela equipe do Chipre era o zagueiro Yambéré, que se tornava uma parede na frente do gol. Era, porque aos 36’, o brasileiro Vinícius deu linda assistência para Georgios Efrem, que recebeu, invadiu a área, posicionou o corpo e, na primeira finalização do APOEL, bateu por cima de Iraizoz, marcando um belo gol. Mas a alegria dos visitantes não durou muito.

Dois minutos depois, em jogava rápida pela ponta direita, Williams bateu forte de direita e o goleiro rebateu, na sobra, Balenziaga chutou, a bola desviou em dois zagueiros e entrou, empatando o jogo. Foi marcado gol contra de Merkis. Em um primeiro tempo que era pra ser de goleada, o APOEL conseguiu segurar a pressão do Bilbao, se mantendo no jogo.

Vitória com gosto amargo

A segunda etapa começou da forma que terminou a primeira, com o bascos pressionando, desperdiçando oportunidades, não dando chances pro APOEL chegar ao ataque. A pressão resultou em gol graças a uma falha da zaga. Yambéré, um dos destaques na marcação, errou na saída de bola, Muniaín, roubou e enfiou para Aduriz dentro da área, o matador não desperdiçou, bateu rasteiro de pé esquerdo para virar o jogo.

Mas a equipe cipriota não se entregava e, quando chegava, era com perigo. Na primeira chegada do primeiro tempo saiu o gol e na segunda chegada foi por pouco. Outro brasileiro, Igor de Carmargo, aproveitou cruzamento e cabeceou no canto, Iraizoz espalmou e a bola ainda bateu na trave. Era o sinal de que os donos da casa não podiam bobear.

Mas o golpe fatal viria 5 minutos depois, Aduriz abriu bola na esquerda para Raúl Garcia, que levantou na cabeça de Iñaki Williams, o atacante deslocou o goleiro colocando no canto e abrindo 3 a 1 no placar. A partir daí o ritmo diminuiu, o Bilbao criava chances mas sem se expor, e o APOEL não mostrava nenhum poder de reação. Até que aos 88', Gianniotas deu nova vida ao confronto.

Em linda tabela com Igor de Camargo, o atacante saiu de frente com Iraizoz e fuzilou, não dando chances para o goleiro. Um balde de água fria para os bascos e um ar de esperança para os cipriotas, que mesmo sendo dominados durante todo o jogo, foram cirúrgicos quando atacaram, e agora decidem a vaga em casa.