Quem gosta de futebol, sabe que o jogo só acaba quando termina. Isso não é novidade para ninguém e, nesta quarta-feira (8), o Barcelona fez história. Em pleno Camp Nou, na Catalunha, o Barça alcançou a virada mais improvável na Uefa Champions League e atropelou o PSG por 6 a 1, revertendo desvantagem sofrida de 4 a 0 na ida. Marcaram a favor dos espanhóis: Neymar, duas vezes, SuárezMessiKurzawa (contra) e Sergi Roberto, herói da noite; Cavani fez pelos visitantes.

Repetindo a campanha que faz desde 2006/07, alcançando sua décima classificação às quartas de final, os catalães mostraram forças. O clube francês, entretanto, fica para trás e dá adeus à possibilidade de fazer igual a 1994/95, quando foi semifinalista, perdendo para o vice Milan e com o Ajax sendo campeão.

Barça é superior e encaminha boa vantagem

Em busca de um milagre histórico, o Barcelona não se intimidou diante de sua torcida e da larga desvantagem sofrida diante do PSG. Tirando proveito por estar em casa, os espanhóis tiveram o início avassalador e abriram o placar antes dos cinco minutos. Após bate-rebate dentro da pequena área, Suárez foi valente, brigou pela bola, ficou com a sobra e testou para o fundo do gol.

Jogando melhor e criando as chances mais claras, os anfitriões não se entregaram e mantiveram a postura no ataque. Com a superioridade, tiveram boas oportunidades para marcar o segundo. Na primeira, com a bola parada, Messi bateu falta colocada e mandou sobre a meta. Em sequência, Neymar finalizou cruzado e com muito perigo.

Suárez abriu contagem no começo da partida (Foto: Lluis Gene/AFP/Getty Images)
Suárez abriu contagem ainda no começo da partida (Foto: Lluis Gene/AFP/Getty Images)

Buscando segurar os ímpetos ofensivos, os franceses pouco saíram da defesa e optaram apenas por defender, sem criar bons momentos nos primeiros 45 minutos. Por conta disso, o Barça foi para cima e seguiu à vontade para criar jogadas, seja individuais ou coletivas, visando assim ampliar a vantagem.

Como água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, a equipe da Catalunha demonstrou mais vontade de achar o resultado favorável e foi às redes. Neymar tabela com Iniesta na esquerda e serve Suárez na pequena área. O uruguaio lançou o espanhol e Marquinhos falhou na proteção. O camisa 8 foi até a linha de fundo, emendou de calcanhar e Kurzawa, contra, mandou para dentro do próprio patrimônio.

Barcelona mostra forças e confirma vaga no último lance

Para a etapa final, Luis Enrique e Unai Emery optaram por não realizar mudanças nas respectivas equipes, mantendo as peças que iniciaram o duelo. Com apenas dois minutos de bola rolando, Neymar foi alçado na esquerda e Meunier, após um escorregão, o derrubou na pequena área, com a arbitragem apontando para a marca da cal. Messi cobrou firme e Trapp não alcançou.

Sentindo o golpe e tentando evitar que os mandantes crescessem bem mais na partida, os visitantes foram para cima e quase marcaram pela primeira vez. Meunier deu chapéu em Neymar, entrou na área e serviu Cavani, que chegava livre. Dividindo com Piqué, o camisa 9 do PSG foi mais rápido e mandou na trave.

Cavani até tentou assustar, mas fez apenas gol de honra (Foto: )
Cavani até tentou assustar, mas fez apenas gol de honra (Foto: Lluis Gene/AFP/Getty Images)

Mostrando que evoluiriam nos próprios erros, os franceses não foram bobos e calaram o Camp Nou. Depois de cobrança de falta em direção à área, Kurzawa se redimiu do gol contra e desviou antes de Rakitic e a sobra ficou com Cavani. O uruguaio completou com uma bomba e não deu chance de defesa a Ter Stegen.

Quando parecia que tudo estava acabado, os anfitriões demonstraram forças com a proximidade dos minutos finais da partida. Antes mesmo do acréscimo, Neymar cobrou falta colocada e acertou no ângulo, com a bola morrendo longe do alcance do camisa 1. Já nos adicionais, após lançamento na área, Suárez foi derrubado em lance duvidoso. Neymar, que nada tinha com isso, estufou o barbante e manteve seu time vivo.

O relógio correu mais rapidamente pelo lado espanhol, enquanto pelo francês demorava muito para completar os cinco adicionados pelo juiz. Na última volta do ponteiro, o que parecia impossível virou real e fez o público presente ir ao delírio. O brasileiro dos donos da casa, que teve papel principal, ficou atento e mandou a bola na pequena área. Sergi Roberto surgiu por trás da marcação e tirou de Trapp, dando números finais ao confronto.