A manhã foi de bastante tumulto e polêmica na Espanha. Nesta terça-feira (23), a polícia espanhola prendeu o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, suspeito de estar envolvido em crime relacionado a lavagem dinheiro. Agentes da polícia estão vasculhando sua residência em Barcelona, Lleida, Girona e até em Andorra, pequeno país europeu onde ele pode ter lavado o dinheiro.
O grande fato desse caso é que os agentes investigam uma suposta organização criminal que teria cobrado comissões ilegais sobre os direitos de imagem televisiva da seleção brasileira de futebol, tanto que outro grande alvo dessa investigação é o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, amigo e sócio de Rosell. Porém, até agora, não consta que o brasileiro seja alvo de mandado de prisão.
Não é de hoje que Rosell é investigado. Ele já foi investigado pelas autoridades brasileiras por suposto desvio de recursos através da sua empresa Alianto, em comum acordo com Ricardo Teixeira. Além disso, o Ministério Público dos EUA investigou um acordo de patrocínio entre a CBF e a Nike que foi defendido e gerido por Rosell.
Segundo a imprensa espanhola, o caso está sendo conduzido depois de investigações por parte da Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal da Polícia Nacional e em colaboração com o FBI, nos EUA, que já indiciou Teixeira. Essas investigações que foram iniciadas desde os Estados Unidos deram os primeiros indícios de movimentações de contas na Espanha. Esses dados abriram caminho para a descoberta de uma rede "desenhada" por Rosell para ocultar dinheiro.
Como já dito, Ricardo Teixeira também pode estar na mira da polícia. Em 2012, ele deixou o cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol após ter sofrido muita pressão em relação há uma série de acusações em relação a corrupção. O gigante processo do FBI contra a corrupção da Fifa teve Teixeira como um dos alvos, mas ele conseguiu se "safar" dessa.