O dia mais esperado pelo torcedor do PSG e o mais aguardado de todo o início de temporada europeia chegou. Neymar foi aprensentado, enfim, como jogador do Paris Saint-Germain. Depois de receber a camisa no Parc des Princes, o craque concedeu sua primeira entrevista coletiva como jogador da equipe francesa na manhã desta sexta-feira (4).

As primeiras palavras foram do magnata e presidente Nasser Al-Khelaifi. O mandatário destacou que a presença de Neymar aumenta ainda mais a visibilidade da Ligue 1 e que o brasileiro ajuda a ampliar a história do clube. "Já conquistou muita energia para a equipe. Nossos torcedores sempre sonharam com Neymar, e está conosco hoje. Com ele, nosso projeto fica mais forte. Com ele, a Ligue 1 fica ainda melhor. Vamos escrever a grande história do PSG", disse inicialmente.

Em seguida, foi a vez de Neymar ser questionado por repórteres de todo o mundo. De primeira, o camisa 10 da equipe parisiense exaltou a grandeza da capital da França e reforçou a ideia do projeto do time, de conquistar muitos e os principais títulos existentes no mundo do futebol.

"Muito feliz. Feliz por tudo, pelo novo desafio. Feliz pelo PSG, que é um grande clube. É uma cidade maravilhosa. Faltam palavras para descrever o momento. Empolgado para treinar com meus companheiros, jogar e conquistar os títulos que o clube merece. Pela ambição que esse clube tem, assim como a minha, de querer vencer, buscar algo maior. Espero fazer o melhor para ajudar a equipe a conquistar os maiores títulos", afirmou.

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Questionado sobre um maior protagonismo ao sair do Barcelona e atuar nos próximos anos pelo PSG, negou estar incomodado na Catalunha e afirmou que foi a decisão mais difícil da vida por tudo o que criou na Espanha. Além disso, Neymar agradeceu ao clube e aos torcedores blaugranas.

"Não influenciou em nada. Vim para buscar algo diferente, não estava incomodado. Não é isso que eu quero, que vim buscar. Vim buscar algo novo, desafios, algo que esse clube merece. Sou movido a isso, a desafios. Por isso que estou aqui. Aumentaram os desafios, estou louco para começar a treinar, jogar e ser muito feliz aqui. Foi uma das decisões mais difíceis na minha vida. Estava bem adaptado em uma cidade, o Barcelona é um clube grande. Tenho amigos no clube, jogadores fantásticos. Foi momento de tensão, deixei amigos ali, mas fiquei feliz com isso. Futebol passa rápido, nossa vida passa rápido. Agradeço o carinho dos jogadores do Barcelona, me acolheram quando vim do Brasil. Senti que era o momento de partir, de novos desafios", declarou.

Foto: C. Gavelle|PSG

Sobre a questão financeira, se estava dentro do Fair Play financeiro proposto pela Uefa, Nasser Al-Khelaifi foi enfático em declarar que o PSG não cometeu nenhuma irregularidade ao pagar a multa rescisória de 222 milhões de euros. "Posso garantir que não veio por dinheiro, poderia ganhar mais em outro lugar. Veio para fazer história no PSG, fazer história conosco. Sobre o negócio, todo mundo fala sobre ser muito caro. Quando você olha para o Neymar com esse projeto, tenho certeza de que vamos ganhar mais dinheiro do que gastamos. É uma transferência incrível para todos. Fomos muito transparentes sobre o Fair Play financeiro. Estamos dentro das regras", pontuou o presidente. 

Neymar afirmou que ainda não conversou com o técnico Unai Emery e destacou que pode entrar em campo no começo da tarde deste sábado (5), quando o PSG encara o Amiens na abertura da Ligue 1 2017/18. "Estou à disposição. Se puder jogar... sou fominha. Vinha treinando. Foi uma parada de dois dias sem treinos por tudo o que estava acontecendo. Passei pelo campo, deu vontade de colocar a camisa do PSG e jogar. Vamos conversar e ver certinho. É o que eu mais gosto de fazer. Ainda não conversei com o treinador. Sempre falei que gosto é de jogar. Se precisar, até de goleiro eu jogo", falou.

Na conclusão da coletiva, Neymar agradeceu à acolhida dada por Messi quando chegou ao Barça e destacou que o PSG tem potencial para se tornar o maior clube do mundo. "Um dos motivos que me fizeram ir ao Barcelona foi o Messi. Ídolo no futebol, melhor do mundo. Não tive nenhuma pressão, só na primeira semana quando estava treinando com meus ídolos. Mas eles me deixaram tranquilo. Todo jogador quer isso. Agradeço muito ao Messi, que me acolheu muito. Aprendi muito com ele", concluiu.