Depois de uma semana cheia com compromissos exitosos diante de Monaco e Zulte-Waregem, onde o Nice marcou nove gols em uma soma total, os Aiglons voltaram a campo neste domingo (17) pela sexta rodada do Campeonato Francês 2017/18, frente a um dos coletivos mais interessantes da França, o Rennes de Christian Gourcuff, no Roazhon Park, e apresentou um futebol sólido e com as mesmas bases táticas de jogos anteriores.

Em um jogo intenso, Balotelli fez o único gol da partida e deu outra vitória ao time de Lucien Favre. Com o resultado fora de casa pelo placar mínimo, a equipe da Costa Azul francesa sobe para a oitava colocação, com nove pontos ganhos em seis jogos, somando três vitórias e três derrotas. Em contrapartida, os Bretões ainda estão longe de conseguir sequência proveitosa na temporada, atualmente na 15ª posição, com cinco pontos e próximos da zona de rebaixamento.

Ambas começaram mal a temporada e buscam reabilitação, os dois times possuem totais condições de brigarem por vaga em competição europeia, apresentando melhor futebol no decorrer da temporada.

Na próxima rodada, o Nice voltará a atuar em seus domínios e recebe o Angers na Allianz Riviera nesta sexta-feira (22), em busca de encostar de vez nos líderes da Ligue 1. Por outro lado, o Rennes terá um duelo complicadíssimo ao visitar o maior campeão do Campeonato Francês fora de casa, visitando o Saint-Etienne no domingo que vem (24), no que promete ser um grande jogo.

Com um ritmo alto imposto pelo Rennes, Nice encontrou dificuldades no primeiro tempo

Nos primeiros minutos, a postura tática do Rennes surpreendeu bastante a todos na partida. Habituados no 4-4-1-1 com linhas altas e agressivas para forçar o erro nas saídas do Nice, os locais exerceram uma pressão descomunal por boa parte da etapa inicial - sempre utilizando da velocidade de Ismaïla Sarr como desafogo nos flancos para atacar os espaços vazios deixados pela marcação posicional e passiva do Nice.

Contudo, os visitantes acharam fluidez para ocupar campo próprio e conseguir mais diretamente, muito disso através dos movimentos de amplitude de Jallet e Souquet, que se portaram como armadores e sempre procuravam construir jogadas por dentro, oferecendo assim, margem para os avanços de Lees-Melou e Saint-Maximin nos lados.

Apesar do alto ritmo empregado na partida, que teve fluxo gerado a partir de bastante intensidade e com nenhum dos times controlando as ações, a primeira chance real de gol só aconteceu na reta final do período: em uma das poucas falhas do ótimo zagueiro argelino Ramy Bensebaini, ele colocou em jogo uma bola que estava saindo de campo, resultando assim em um arremate de Pléa, que prensado, finalizou mal e deixou tudo mais simples para Koubek.

Nos minutos complementares do período, o Nice tentou efetivar um jogo mais pausado, tendo através de Seri uma representação de fluência para distribuir passes e trabalhar o esférico em campo rival, que se tornou convidativo para fluxos laterais principalmente com as reações precipitadas de Hamari Traoré e Ludovic Baal. Ademais, o que vimos no primeiro tempo foi um jogo corrido, intenso e de nível técnico bom - porém sem efetividade nas conclusões por ambas equipes - com o Rennes, a partir de Sarr e Khazri, levando mais perigo e merecendo sair vitorioso até então.

Rennes cria mais oportunidades, mas sem êxito finalizando; Balotelli castiga

A etapa final teve traços similares dos da primeira parte do duelo: Rennes exercendo pressão através de avanço posicional e explorando os hiatos nas linhas médias do Nice, ocupadas por Jean Seri e Vincent Koziello - com os visitantes resistindo e tentando transitar a partir dos movimentos realizados por Pléa. Entretanto, um defeito do coletivo gerido por Christian Gourcuff impediu que o SRFC transformasse seu ímpeto em gols: a falta de alguém criterioso para concluir os trabalhos gerados por Benjamin André em conjunto com os laterais da equipe, que encontraram espaços anormais na defesa adversária.

No decorrer da partida, o Rennes efetuou algumas substituições por puro cansaço de suas peças para efetivar este estilo que exige dinamismo surreal - uma delas, mudou o jogo - a entrada do extremo congolês Ndombé Mubele, na vaga de Wahbi Khazri. Ademais, a característica do jogo se manteve a mesma, com uma única alteração na postura que era passiva da defesa do Nice, que passou a ser predominante contando com grandes atuações dos brasileiros Dante e Marlon.

Um dos pontos decepcionantes dos visitantes na partida, a atuação apagada do costa-marfinense Seri, que após levar cartão amarelo por frear uma transição do adversário, foi substituído por Nampalys Mendy - que deu mais capacidade de produzir equilíbrio com encaixes zonais mais coesos e ofereceu melhor controle ao Nice.

Após criar inúmeras vantagens posicionais e consequentemente chances claras através do desequilíbrio próprio gerado por seus extremos, o Rennes viu sua superioridade ir por água abaixo depois de imposição física do Nice utilizando o corpo de Mário Balotelli para gerar fluidez e invadir âmbito rival. Nisso, em uma saída que se iniciou desde trás e passou por uma batalha por espaços entre Saint-Maximin e Baal, Pléa serviu passe milimétrico para o atacante italiano, que apenas esperou a bola perder velocidade para finalizar forte e no canto da baliza do Stade Rennais.

Deste ato em diante, o Nice acalmou os ânimos por parte considerável do período final, conciliando seu jogo habitual em atrair, retrair e atacar pelos flancos junto à falta de pernas do adversário para ditar o ritmo do jogo. Em exceto os minutos finais onde teve certa pressão em bolas alçadas na área dos Aiglons, o jogo esteve controlado. Ainda no final da partida, Bourigeaud bateu uma falta próxima a meta do Nice e por sorte, o chute do jovem interior parou na barreira.