O meio-campista Samir Nasri concedeu entrevista ao Canal + e falou sobre alguns assuntos polêmicos do futebol francês. Na pauta, o jogador do Antalyaspor comentou o banimento de Benzema da Seleção e também citou o afastamento de Ben Arfa no Paris Saint-Germain.

Sinto muito porque ele realmente quer voltar a jogar pela França, é realmente muito injusto o que está acontecendo. É muito estúpido ficar sem um jogador como ele, poderíamos ter um ataque com Mbappé, Benzema, Griezmann, Dembelé...”, disse ao programa Canal Football Club.

Nasri não se intimidou e tocou no assunto racismo, muito debatido no auge da polêmica que culminou na retirada de Benzema dos Bleus. Para o meia, é algo nítido: “Se não é convocado por racismo? É claro. Eu passei por isso. Hatem [Ben Arfa] também viveu isso, na temporada em que esteve em Nice, ele deveria estar na Eurocopa. As origens interessam, não é pelo valor esportivo. O Gignac também discutiu com o treinador mas acabou por ir à Euro.

"Se Valbuena fosse convocado, faria sentido Benzema ficar de fora. Era uma história entre os dois e alguém acabaria por ser a vítima. Mas Valbuena já não é convocado. Qual é a razão para o Benzema não voltar? É segredo", completou.

Questionado sobre a situação de Ben Arfa no PSG, ele indicou uma saída boa para todas as partes: “Eu não entendo. Quando você é um jogador de futebol e gosta disso, você precisa jogar. Nunca ficarei satisfeito de estar no banco e ficar na reserva. O Paris poderia ter feito um esforço, dar-lhe metade da temporada para que ele possa sair e todos ficariam satisfeitos.

Não devemos esquecer que a sua chegada ano passado foi um simples capricho da diretoria do PSG, então deve haver um esforço. Quando se pode pagar 220 milhões [Neymar] ou 180 milhões [Mbappé em 2018] em jogadores, pode-se dar metade do ano para Hatem Ben Arfa, não custa nada”, disse Nasri pedindo mais minutos para seu colega, para conseguir uma possível transferência na próxima janela. Vale lembrar que Hatem ainda não jogou pelo PSG nesta temporada.

Após atuar pelo Olympique de Marseille, Arsenal, Manchester City e Sevilla, o meio-campista francês hoje atua pelo Antalyaspor, da Túrquia. Seu último jogo pela França foi em 2013. Em agosto de 2014, ele anunciou sua aposentadoria da Seleção com apenas 27 anos.