Com uma atuação dominante e contando com momentos brilhantes durante a partida a partir da sua superioridade individual, o Marseille concretizou uma vitória inquestionável diante do Rennes, neste sábado (13), pela vigésima rodada do Campeonato Francês. Apesar de não viver a sua fase mais inspiradora na temporada, os comandados de Rudi Garcia conseguiram outro triunfo importantíssimo dentro da competição por uma vaga direta na próxima Uefa Champions League. Com gols de Thauvin, Germain e Sanson, o OM completou uma apresentação sólida, sem conceder tentos ao adversário.

Quanto ao posicionamento do Marseille na tabela de classificação, o clube está colocado na quarta posição da Ligue 1, somando os mesmos 41 pontos do Lyon - que tem um jogo a menos. O objetivo de Rudi Garcia está direcionado a uma possível vaga para a próxima edição da UEFA Champions League. Em contrapartida, o SRFC que está sendo conduzido pelo ex-jogador Sabri Lamouchi, segue figurando no meio da tabela, estando situado exatamente na décima colocação do Campeonato, dividindo as mesmas 25 anotações do Dijon. Sem tantas possibilidades de alcançar torneios continentais, a equipe da região da Bretanha voltará suas atenções para as semifinais da Coupe de Ligue, onde enfrentará o poderoso Paris Saint-Germain.

Em seu compromisso seguinte, o OM receberá o recém-ascendido Strasbourg no Orange Vélodrome, na próxima terça-feira (16), às 16h no padrão de Brasília. Por outro lado, o Rennes visitará o Lille, em partida que será realizada no Stade Pierre-Mauroy, na quarta-feira (17), também às 16h. Em síntese, ambas equipes terão que executar rotações em seus elencos, dando enfoque ao descanso de peças importantes, por causa de uma cruel rodada no meio de semana.

Dominando a posse de bola, o Marseille conseguiu dois gols ainda na primeira etapa

No que permite análise, o primeiro tempo realizado pelo Olympique em aspecto coletivo esteve diretamente marcado por ideias e mecanismos claros de jogo. Com os laterais se projetando ao mesmo tempo para oferecer altura, as principais ocasiões produzidas pelo conjunto marselhês foram iniciadas nos pés do extremo-direito Florian Thauvin. Neste contexto, a presença de Morgan Sanson nos metros iniciais de campo significaram para o OM um meio-campista capaz de girar linhas, somar toques por dentro e favorecer uma circulação mais fluída da equipe. Sem ir mais longe, os mecanismos ditos podem ser sintetizados em: juntar passes na direita, para atrair a pressão adversária e inverter a posse ao lado contrário para acelerar. Dentro disto, Payet e Ocampos receberam protagonismo atacando espaços na esquerda, com Luiz Gustavo na base da jogada e Germain se desmarcando para criar oportunidades.

Em questão de proposta, a ideia do Rennes era positiva. Com uma execução de pressão média, as intenções estavam relacionadas a resistir posicionado com duas linhas de quatro jogadores em bloco, somar recuperações de posse e contra-atacar verticalmente utilizando das pernas de jogadores como Ismaïla Sarr e Khazri para transitar em direção ao gol protegido pelo veterano goleiro Steve Mandanda. Porém, este modo de competir não representou uma fórmula cômoda para se defender e consequentemente, os mandantes conseguiram poucas saídas ofensivas. 

O gol do Marseille era iminente e quase aconteceu em um pênalti cometido pelo rival. Entretanto, na cobrança, Thauvin finalizou no canto e o ótimo arqueiro Tomás Koubek agarrou o chute do internacional francês. Ademais, o cenário persistiu o mesmo, com Germain causando grande impacto através de suas rupturas nas costas dos zagueiros locais, sempre sendo ativado pelos principais criativos de sua equipe. Neste momento, em uma jogada despretensiosa, o mesmo Thauvin que havia desperdiçado o pênalti, deixou Germain na cara do gol, que não errou e anotou o primeiro tento da partida. Após o acontecimento, os visitantes continuaram controlando os ritmos de sua possessão e somando passes em zonas intermediárias do terreno de jogo. Em minutos próximos do término da primeira etapa, Sanson concluiu com toda demonstração de sua classe recebendo passe de Germain para fazer o segundo tento.

Diminuindo o ritmo, o Marseille confirmou outra vitória

Na volta do intervalo, Rudi Garcia ordenou para que sua equipe mantivesse a bola por mais tempo e tirasse o ritmo da partida. Neste contexto, o Marseille alcançou índices de 72% de posse de bola, sempre esperando o momento adequado para trocar passes mais rápidos ou acelerar nos últimos trinta metros do campo. A superioridade individual representou um fator determinante para a confirmação do triunfo visitante, que sem precisar completar uma atuação de mesma intensidade do nível apresentado na etapa anterior, controlou todos os acontecimentos com e sem o esférico dominado.

A partir disto, o Rennes sempre buscou ser agressivo após recuperar a posse, tentando ativar os seus pontas em sociedade com os laterais para se aproximar de gols através de um claro e objetivo jogo exterior. Porém, a falta de recursos técnicos para romper linhas e produzir ocasiões marcou diferenças negativamente e afastou os bretões de uma possível reação. No mais, a ingressão do volante Zambo-Anguissa ao campo ajudou a controlar o jogo interior do Rennes, que nunca encontrou Benjamin André ou Léa-Siliki em plenas condições de frente para a baliza do Marseille.

Para liquidar a parada já nos minutos finais, Clinton Njié realizou um belíssimo passe de calcanhar para Luiz Gustavo, que em uma das primeiras vezes que pisou nos metros finais do campo adversário, conectou Thauvin na segunda trave com um belo cruzamento, para o principal jogador do OM concluir de cabeça e selar o triunfo.

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