Com vários gols e momentos diferentes durante o jogo, o Monaco conseguiu uma vitória crucial para suas pretensões diante do rival direto Lyon, por 3 a 2, neste domingo (4), no Stade Louis II, em duelo válido pela 24ª rodada da Ligue 1. Com gols de Rony Lopes, Falcao García e Keita Baldé, os comandados de Leonardo Jardim venceram o gones, que chegaram a abrir dois tentos de vantagem através de Bertrand Traoré e Mariano Díaz no início da partida.

Sem ir mais longe, este foi o terceiro confronto entre as equipes na temporada, sendo outro com o mesmo resultado paradigmático de 3 a 2, desta vez com os monegascos alcançando sucesso na execução de seu plano de jogo.

Com o resultado, o Monaco recuperou sua posição entre os três primeiros colocados da liga - zona que permite acesso à Champions League -, somando 50 pontos e estando atrás do vice-líder Marseille por diferença mínima de um ponto. Já o Lyon novamente está entrando no limbo, acumulando sua segunda derrota consecutiva em jogos fora de casa, estagnando nos 48 pontos e se vendo em uma situação desconfortável para as próximas rodadas, visto que o posicionamento de quarto colocado não satisfaz seus objetivos.

Em seu compromisso seguinte, o time do principado visitará o pragmático Angers, em jogo que será realizado no próximo sábado (10), às 17h (de Brasília). O OL, por sua vez, voltará a jogar no Groupama Stadium após semanas sem se exibir para a sua torcida, recebendo o Stade Rennais, no domingo (11), na partida que fechará a vigésima quinta rodada, às 18h (de Brasília).

Sem uma equipe superior, a primeira etapa terminou empatada

Nos primeiros trinta minutos de jogo, a fase inicial do confronto entre Lyon e Monaco esteve marcada por uma série de acontecimentos. Basicamente, o ASM buscou pressionar de forma alta e coordenada, com claras intenções de somar recuperações de posse em zonas avançadas do terreno para posteriormente organizar ataques verticais.

Por outro lado, a resposta do Lyon para ser fluído com a pelota foi imediata: com os recuos dos criativos Houssem Aouar e Nabil Fekir, que se juntaram aos outros cinco jogadores responsáveis pela saída de bola lionesa, o OL executou seus passes iniciais criando superioridade numérica (6 do Monaco contra 7 do Lyon) com um objetivo final bastante evidente de conectar o burquinense Bertrand Traoré em campo rival, para girar as linhas rivais e se estabelecer na metade contrária do terreno de jogo.

Dito isto, a pressão alta do Monaco não permitiu ao coletivo do principado construir ataques e agredir o Lyon, com o adversário assumindo protagonismo com a posse de bola e tentando criar ocasiões. Dentro disto, o golaço de Mariano Diaz em um momento aleatório foi chave para os Gones, com o espanhol acertando um belíssimo remate de fora da área para colocar a equipe na frente do marcador.

Após isso, o OL deu a bola ao Monaco e realizou uma pressão média, variando a altura da sua linha defensiva e acelerando depois de roubar a bola. Sendo assim, o segundo gol surgiu em uma oportunidade onde o bloco do Monaco foi superado, com a iniciação da jogada ficando por conta do lado esquerdo para encontrar o africano Traoré em zona de remate para concluir contra a meta adversária.

O curioso foi que, após conseguir grande vantagem no marcador, o Lyon sofreu com sua síndrome habitual: falta de controle mental e defensivo. Neste cenário, o ASM chegou ao empate em cinco minutos. Primeiramente, o senegalês Keita Baldé completou uma jogada digna de gênio, driblando quatro defensores e chutando cruzado contra Anthony Lopes para diminuir a diferença.

Posteriormente, Kamil Glik sofreu um pênalti em bola parada, com o artilheiro Falcão García cobrando a penalidade, perdendo na primeira tentativa, mas colocando nas redes no rebote. Em momentos, o estado de ânimo do Lyon foi assustador, concedendo chances e chances, até a expulsão do mesmo Keita, recebendo o segundo amarelo e deixando sua equipe com um a menos antes do intervalo.

Parando na solidez defensiva adversário e concedendo contra-ataques, o Lyon foi castigado

Em inferioridade numérica, Leonardo Jardim retornou as suas raízes que caracterizaram o Monaco durante a temporada de 2014-15: linhas recuadas, madurez mental para resistir e transições verticais com poucos toques antes de finalizar.

Dito isto, bastante destacável foram as intervenções de Rony Lopes e Stevan Jovetić, que além de cortarem linhas de passe, foram brutais transitando em campo aberto e causando dano ao Lyon com contra-ataques realmente devastadores. Fora os citados, o papel assumido pela dupla de zaga composta por Jemerson e Glik foi crucial. Com ambos vencendo absolutamente tudo pelo alto, os insistentes cruzamentos laterais do adversário não foram suficientes para marcar gols.

O caso enigmático para o Lyon aconteceu em suas ideias ofensivas para atacar com a posse de bola. Maioritariamente, o fluxo criativo foi concentrado entre Aouar (meio-campista), Mendy (lateral) e Depay (ponta). Entretanto, ao desconectar Tanguy Ndombélé desta troca de passes exterior, Bruno Génésio não aproveitou sua melhor individualidade em cenários como este.

Já que para superar uma marcação com defesa baixa a solução mais adequada é o drible, faltou exatamente isto ao Lyon hoje, considerando que Nabil Fekir não encontrou o contexto ideal para posteriores desequilíbrios e o time pouco ameaçou a baliza defendida por Seydou Sy (que substituiu Subasic no transcorrer dos minutos). Para matar o Lyon, já nos minutos finais, Rony Lopes completou sua exibição correndo em campo aberto e chutando cruzado para fazer justiça ao placar e terminar uma atuação totalmente meritória de sua equipe.