Nestes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Seleção Argentina que vê sua federação mergulhada em uma profunda crise, luta para fazer uma participação digna. Não só aplacar as tristezas com a seleção principal, mas mostrar que a nova geração pode fazer sucesso mesmo em meio a tantas polêmicas no futebol do país e, de quebra, mostrar que o futuro pode ser mais vitorioso nas quatro linhas.

A equipe é composta basicamente por nomes do futebol local (Magallán, Vega, Gio Simeone) e de jogadores ainda buscando afirmação ou para entrar no cenário europeu (Ángel Correa, Calleri, Giovani Lo Celso). Comandada por "Vasco" Olarticoechea, o time mostra uma boa vocação para a ofensividade e tentativa de propor as ações do jogo.

Contando com bons talentos ofensivos, no artilheiro da última Libertadores, Calleri, com oito tentos, mas também tendo bons preparadores de jogadas como Giovani Lo Celso e até mesmo o volante do Cruzeiro Lucas Romero, será interessante de acompanhar como essa se montará em campo, já que o forte DNA ofensivo talvez atrapalhe o equilíbrio do conjunto.

Como destaques dessa seleção vem dois nomes do futebol espanhol: primeiro no gol, Gerónimo Rulli que joga na Real Sociedad - pertence ao Manchester City - e fez ótimo campeonato pelo time do País Basco, jogando 36 partidas. Ele comandou a defesa que levou 48 gols no último Campeonato Espanhol.

No comando de ataque ou quem sabe pelas pontas, usando justamente sua versatilidade e velocidade para ser alguém que ameaça em qualquer lado do campo. Carrasco fez ao todo 18 partidas pelo Atlético de Madrid na última temporada pelo campeonato espanhol e marcou cinco gols e deu outras quatro assistências sempre saindo do banco e sendo uma espécie de 12º jogador da equipe ao longo da campanha colchonera.

O técnico Julio Olarticoechea é um ex-zagueiro de 57 anos que teve passagens por Boca, Racing e River Plate jogando entre 1976 e 1992, disputando três mundias pela albiceleste (1982, 1986 e 1990) sendo campeão no México no time histórico de Maradona e Valdano.

Já na sua carreira de técnico começou seu trabalho na AFA em 2015 dirigindo a seleção feminina, onde não teve grande destaque e não conseguiu classificar a equipe para as Olímpiadas e agora assume como uma espécie de tampão num momento bem conturbado do futebol argentino.