Walter Erviti é um daqueles jogadores que têm personalidade forte e não faz questão de escondê-la. Um volante à moda dos anos 90, conhecido como “cão de guarda”, o experiente jogador de 37 anos tem muita vivência no futebol argentino e mexicano, países onde viveu toda a sua carreira como jogador de futebol. Atualmente no Independiente, a final da Copa Sul-Americana, que será disputada na próxima quarta-feira (6), trará lembranças ao volante.

Isso porque Erviti foi revelado pelo San Lorenzo no final dos anos 90, assumindo a titularidade e o posto de um dos principais jogadores da equipe mesmo tão jovem – na época, com 20 anos. O volante foi titular da equipe de Almagro na final Copa Mercosul de 2001, justamente contra o Flamengo. 16 anos depois, Erviti reencontrará o Rubro-Negro em outra final continental.

Na ocasião, Erviti saiu feliz do confronto, já que o San Lorenzo confirmaria o título do torneio após uma vitória por 4 a 3 nos pênaltis. É importante ressaltar que esse foi um ano histórico para o CASLA, já que essa equipe conseguiu vencer 13 partidas consecutivas, sendo, até hoje, o recorde de uma equipe argentina na história do futebol.

Erviti contra o Flamengo, em 2001 (Foto: Miguel Mendez/AFP)

Após rodar por Monterrey, Banfield, Boca Juniors e Atlante, Erviti retornou, em 2014, retornou para o Banfield, ajudando o clube a se reconstruir após uma queda para a segunda divisão e sendo, nos últimos meses, um dos principais nomes do elenco que garantiu a equipe de Buenos Aires na Taça Libertadores de 2018, competição que não disputava desde 2010.

A boa campanha no Banfield foi o motivo de sua transferência ao Independiente. Com 37 anos, não consegue jogar todas as partidas com frequência, apesar da qualidade técnica que possui. O papel de Erviti na equipe de Avellaneda é ser uma espécie de mentor, já que o elenco possui peças muito jovens. É importante ter a presença de alguém com rodagem, o que possibilita acalmar os jovens talentos, como Ezequiel Barco, nas horas de tensão – assim como é uma final de Copa Sul-Americana.

Mesmo não sendo titular e com poucas chances de entrar no decorrer das partidas, essa final trará lembranças ao jogador. Walter Erviti já teve uma história feliz contra o Flamengo, mas os tempos atuais são diferentes. Hoje, as duas equipes chegam em pé de igualdade e não há favorito para esse confronto. 

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