Em clima de revanche após 16 anos, Bélgica Itália mediram forças na noite desta segunda-feira (13), em Lyon, na rodada de abertura do Grupo E da Eurocopa 2016. No Stade de Lumière, Conte novamente levou a melhor na partida, reeditando o ocorrido na edição de 2000, sediada no país da Europa Ocidental, com a mesma vitória por 2 a 0. Os gols foram marcados por Giaccherini Pellè.

Com o triunfo, a Azzurra assume a liderança do grupo, pois Irlanda e Suécia empataram em 1 a 1, indo a três pontos, enquanto os Diabos Vermelhos ocupa a 4ª e última posição, por não terem pontuado no torneio. Os italianos jogam pelo continental já na próxima sexta-feira (17), às 10h, no Municipal de Toulouse diante dos suecos. Os belgas, contudo, só entram em campo contra os irlandeses no sábado (18), no mesmo horário, mas no Stade de Bordeaux.

Itália é mais eficiente e sai em vantagem no intervalo

O jogo começou bem movimentado, com a Itália sendo mais presente no ataque, porém sem levar perigo à meta da Bélgica. Mesmo assim, os belgas foram os responsáveis por criar a primeira oportunidade e puderam empolgar o público. Depois de Lukaku e Fellaini trocarem passes, a sobra ficou com Nainggolan, que arrematou de primeira e Buffon defendeu no canto esquerdo.

O bom lance animou os Diabos Vermelhos, que partiram ao ataque e controlaram o ritmo, possuindo maior volume ofensivo. Com a bola, tiveram nova oportunidade de abrir o placar. Nainggolan, que estava livre, tentou novamente de fora da área, mas dessa vez deu um susto no goleiro da Azzurra.

Mais acuados em campo, os italianos resolveram testar Courtois com quase meia hora de bola rolando. Pellè recebeu de Darmian e bateu em direção à barra adversária, no entanto a bola passou perto do gol. Dois minutos depois, entretanto, ficaram em vantagem em uma bela jogada. Bonucci deu lançamento do círculo central para Giaccherini, que entrou na área entre os zagueiros e tocou na saída do camisa 1 para marcar o primeiro tento.

Animados ficarem à frente no marcador, os tetracampeões mundiais foram para cima afim de ampliar o resultado pouco tempo depois de marcar. Candreva aproveitou arremesso lateral, dominou no peito e chutou forte de perna esquerda, todavia o goleiro belga pulou bem e fez importante intervenção. Em seguida, o meia Fellaini afastou mal, Bonucci ganhou dividida no alto e Pellè, com liberdade, mandou de cabeça para fora.

Na reta final do primeiro tempo, em meio ao equilíbrio do confronto, a seleção da Europa Ocidental voltou a atacar, no último bom lance. Com espaço dado pela marcação, o meio-campista Witsel arrematou confiante no empate antes do intervalo, contudo a bola passou muito perto.

Pellè marca no fim e sacramenta triunfo italiano

Para a etapa final, os comandantes optaram por não realizar mexidas nas suas respectivas equipes, demonstrando satisfação com o que foi visto no primeiro tempo. Ansiosos pelo empate, os belgas foram para cima, porém erraram muito no último passe e deixaram os italianos mais calmos em campo, que apostaram no contra-ataque veloz.

Apesar disso, foram os Diabos Vermelhos que tiveram a chance de ir às redes no segundo tempo. Lukaku recebeu sem marcação, entrou na pequena área e, na saída de Buffon, bateu em direção ao gol, mas a bola subiu mais alto que deveria e saiu tirando tinta do travessão da Itália.

No minuto seguinte, a Azzurra chegou levando muito perigo, contudo viu o camisa 1 adversário fazer uma excelente intervenção. Após um cruzamento da direita, Pellè subiu para cabecear e tirou do alcance de Courtois, que se esticou todo para afastar e acabou fazendo uma defesa excepcional.

Com muito equilíbrio, poucas eram as chances criadas e isso deixou o jogo mais emocionante ao público presente no Stade de Lumière, em Lyon. Na reta final, no entanto, as jogadas foram mais empolgantes e levantaram a torcida. Em uma delas, Origi subiu com toda liberdade e cabeceou para fora, perdendo a chance de deixar tudo igual.

O erro do centroavante belga custaria caro, uma vez que apenas duas finalizações foram o suficiente para a seleção da Europa Meridional confirmar o resultado positivo. No contra-golpe, Immobile saiu sem marcação e bateu com força, mas o arqueiro cortou para escanteio. Já nos acréscimos, contudo, a pressão foi mais exitosa. Depois de boa troca de passes, Candreva alçou com perfeição para Pellè, que soltou o pé e marcou um belo gol, fechando o caixão da Bélgica.