Silvio Berlusconi, presidente do Milan, confirmou que irá vender o clube a um consórcio chinês. O mandatário deixou, na manhã desta terça-feira (5), o hospital San Raffaele de Milão, local onde estava internado há três semanas após passar por uma cirurgia no coração, e anunciou que os chineses irão injetar € 400 milhões no elenco rossonero nos próximos dois anos.

Eu entreguei o Milan a quem será capaz de relançá-lo. Eu exigi do grupo chinês um grande investimento de € 400 milhões ao longo de dois anos. Acredito que a última escolha é importante: entregar o Milan a quem está disposto a fazê-lo novamente protagonista na Itália, na Europa e no mundo”, disse Berlusconi, depois de receber alta no hospital.

Especula-se na imprensa italiana que o consórcio chinês irá adquirir 80% das ações do Milan. Segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport, a assinatura do contrato, que irá oficializar a compra das ações, acontecerá até o próximo dia 12 de julho. Após concluir essa etapa, Adriano Galliani, CEO do clube e quem cuida das contratações de jogadores, irá focar no mercado de transferências.

Os principais alvos do Milan para a janela de julho, de acordo com os veículos da Itália, são o meio-campista Mateo Kovacic, do Real Madrid, o meia-atacante Franco Vázquez, do Palermo, e o atacante Marko Pjaca, do Dinamo de Zagreb. Galliani ainda procura um grande zagueiro após as saídas de Alex e Philippe Mexès, e os nomes de Mehdi Benatia (Bayern de Munique), Mateo Musacchio (Villarreal), Shkodran Mustafi (Valencia), Álvaro Arbeloa (ex-Real Madrid e atualmente sem clube) e Jonathan Tah (Bayer Leverkusen) são ventilados.

Na noite dessa segunda-feira (4), inclusive, houve uma reunião na Casa Milan, sede do clube italiano, entre Galliani, Vincenzo Montella, novo treinador do time, e Nicholas Gancikoff, homem que representa os chineses. A principal pauta do encontro teria sido os reforços que serão adquiridos neste mercado de transferências.

Em 2016, Berlusconi comemorou 30 anos de Milan. Desde 1986 à frente da agremiação, conquistou cinco títulos da Uefa Champions League, oito scudetti (Serie A), três Mundial de Clubes da Fifa e uma Copa Itália. Seu período é conhecido como a ‘era de ouro’ do Diavolo.

Caminhando para o terceiro ano consecutivo sem disputar nenhuma competição europeia, o Milan, sete vezes campeão da Champions League, não conquista um título de expressão desde a temporada 2010/11, quando venceu a Serie A. Na última temporada, terminou o campeonato nacional na sétima posição e perdeu para a Juventus na decisão da Copa Itália.