Após a terceira temporada frustrante consecutiva, o Milan inicia mais uma Serie A buscando recomeçar um caminho que o leve de volta às glórias. Por isso, depois de muitas idas e vindas, Silvio Berlusconi resolveu ceder as cotas do clube para um consórcio chinês e, após 30 anos, o Diavolo terá novos proprietários.

Na temporada anterior, mesmo com grandes investimentos realizados, o Milan decepcionou mais uma vez e terminou a liga em sétimo lugar, perdendo, assim, a vaga nos playoffs da Europa League para o Sassuolo. Em 38 partidas, os rossoneri conquistaram 57 pontos, com 15 vitórias, 12 empates e 11 derrotas, anotando 49 gols e sofrendo 43.

Jogadores comemoram com a torcida o último jogo da temporada 2015/16, no San Siro          

Até o momento, o Milan trouxe quatro reforços para o elenco (sem considerar os jogadores que retornaram de empréstimos): o lateral-esquerdo argentino Leonel Vangioni, ex-River Plate; Gianluca Lapadula, atacante artilheiro da última Série B italiana com o Pescara; Gustavo Gómez, zagueiro paraguaio que veio do Lanús; e o meio-campista José Sosa, ex-Besiktas. No total, foram gastos € 25 milhões.

Sosa, a mais recente contratação do Milan
Sosa, a mais recente contratação do Milan          

Alguns jogadores deixaram o clube, alguns por terem seus contratos expirados, como Alex, Mexès, AbbiatiBalotelli, e outros que receberam propostas: Ménez, Matri e Verdi, mas que não lucraram muito para que o Milan reinvestisse em contratações. O clube ainda busca alguns reforços pontuais no meio de campo e talvez no ataque, mas somente alguma oportunidade de mercado, pois o budget está limitadíssimo.

Um dos principais candidatos a sair do clube, Carlos Bacca resolveu permanecer e será mais uma vez peça chave para o time vencer as partidas. Mesmo com todos os problemas do Milan na última temporada, o camisa 70 anotou 20 gols, sendo 18 deles na Serie A, terminando atrás somente de Higuaín e Dybala.

Bacca recusou várias propostas e ficará no Milan
Bacca recusou várias propostas e ficará no Milan           

Para comandar essa nova revolução do Milan, o clube apostou as fichas num treinador novo, mas que já mostrou capacidade de fazer bons trabalhos. Trata-se de Vincenzo Montella. O promissor técnico italiano já mostrou nos amistosos de pré-temporada que tem uma filosofia de jogo bem precisa, mudando o esquema para o 4-3-3, baseando-se muito na troca de passes e que o time se movimente bastante em campo para não dar ponto de referência para o adversário.

Aos poucos, o time vai mostrando que estão assimilando as ideias do treinador. Na pré-temporada, os resultados não foram tão bons, mas a equipe considerada titular sempre mostrou bons frutos contra times superiores no papel, como Bayern de Munique, Chelsea e Liverpool.

À frente do novo Milan está Montella, jovem treinador
À frente do novo Milan está Montella, jovem treinador           

O objetivo mínimo do Milan para essa temporada será uma vaga na Europa League, já que o clube está fora da Europa há três temporadas – um recorde na gestão Berlusconi. Basta saber se esses investimentos modestos serão suficientes para o clube se classificar, visto que muitos times italianos têm se reforçado bem.

De qualquer forma, em janeiro, o consórcio chinês promete investir pesado em contratações e, dependendo da posição que o Milan estiver, poderá até sonhar com algo mais, como uma vaguinha na Champions League. Já o título da liga é meta, talvez, para as próximas temporadas.

Mas, para isso, o Milan não poderá perder tantos pontos contra os ‘pequenos’ como ocorreu na temporada anterior. Dos seis jogos que o time fez contra os times que acabaram rebaixados, o Diavolo somou apenas sete dos 18 disponíveis. Outra coisa que precisa ser melhorada é o aproveitamento em casa, pois o Milan não venceu os seus últimos cinco jogos em San Siro na temporada anterior.

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