Um dos atacantes mais marcantes da história do Milan, o ucraniano Andriy Shevchenko deixou em aberto a possibilidade de um dia assumir o comando técnico do clube. Hoje com 40 anos, o ex-jogador é o atual treinador da seleção da Ucrânia, mas não esquece o clube milanês.

Agora estou concentrado somente na Ucrânia, mas no futuro, vamos ver”, disse Shevchenko, em entrevista ao jornal italiano Corriere dello Sport, após ser questionado sobre voltar ao Milan como técnico. “Certamente o Milan permanecerá em meu coração”, prosseguiu.

Com duas passagens pelo Milan (1999 a 2006 e 2008 a 2009), Shevchenko tinha muita intimidade com as redes. Não é à toa que ele marcou incríveis 175 gols em 322 jogos usando a camisa rossonera. Oito anos depois de sua última passagem pelo clube, a principal referência do ataque é o colombiano Carlos Bacca, que atravessa má fase e tem perdido espaço na equipe italiana.

‘Sheva’, no entanto, saiu em defesa do camisa 70. “Durante uma temporada, os centroavantes têm muitos altos e baixos. Não existe um ataque que sempre marca, porque o seu rendimento depende muitas vezes do espaço de jogo que a equipe propõe. Bacca talvez era o melhor jogador do Milan no início da temporada e o mais fiel aos contragolpes, mas o seu valor não está em discussão. Ele irá terminar bem a temporada”, avisou.

O treinador da Seleção Ucraniana ainda enalteceu o atual técnico do Milan, Vincenzo Montella. Ambos travaram vários duelos durante os jogos entre o clube de Milão e a Roma, time que Montella defendeu por dez anos.

Vincenzo foi um grande centroavante e agora é um grande treinador, tal como um grande homem. Para mim, ele está fazendo algo excepcional, porque ele construiu um grupo unido e com bom estilo de jogo. O Milan está de volta a um nível alto com ele, mesmo que ainda falte ganhar algo [além da Supercopa Italiana, conquistada em cima da Juventus]”, concluiu.